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Papa condena racismo e Brasil segue na contramão da luta antirracista
Termômetro da Política
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Papa Francisco antes da pandemia da covid-19; líder sempre se posicionou em defesa das minorias (Foto: Reprodução/Twitter/Pontifex)

Foi o primeiro pronunciamento do Papa Francisco desde o início da onda de protestos que começou nos Estados Unidos pela morte de George Floyd. Nesta quarta-feira (3), o pontífice disse que ninguém pode “fechar os olhos ao racismo e à exclusão”.

Ao mesmo tempo em que avança em diversos países uma crescente onda antirracista, o governo federal mostra que o Brasil está em dissonância do resto do mundo. Na terça-feira (2), o jornal O Estado de S. Paulo divulgou uma gravação em que o presidente da Fundação Cultural Palmares, Sérgio Camargo, chama o movimento negro de “escória maldita”.

Camargo também atacou Zumbi dos Palmares, que dá nome ao órgão de promoção da cultura afro-brasileira:

“Não tenho que admirar Zumbi dos Palmares, que pra mim era um filho da puta que escravizava pretos. Não tenho que apoiar Dia da Consciência Negra. Aqui não vai ter, zero – aqui vai ser zero pra [Dia da] Consciência Negra. Quando eu cheguei aqui, tinha eventos até no Amapá, tinha show de pagode com dinheiro da Consciência Negra. Aí, tem que mandar um cara lá, pra viajar, se hospedar, pra fiscalizar… Que palhaçada é essa?”, disse.

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