Mais um aliado do presidente Jair Bolsonaro é sentenciado pela Justiça. Nesta sexta-feira (5), a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) condenou deputado Paulo Pereira da Silva (SD-SP), conhecido como Paulinho da Força, a 10 anos e 2 meses de prisão por crime contra o Sistema Financeiro Nacional e também pelos crimes de associação criminosa e lavagem de dinheiro.
Paulinho da Força responde pela acusação de envolvimento em desvio de recursos no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A defesa do parlamentar vai recorrer da decisão da Primeira Turma ao plenário do Supremo.
Votos
Votaram pela absolvição: Alexandre de Mores e Marco Aurélio Mello;
Votaram pela condenação: Luís Roberto Barroso, Luiz Fux e Rosa Weber.
O ministro Alexandre de Moraes afirmou que existem suspeitas, mas não há provas da participação do deputado nos fatos.
“Os indícios de materialidade e de autoria que justificaram a instauração desta ação penal não são suficientes para a condenação do réu, a qual, para fins penais, exigiria um grau de certeza não alcançado na instrução processual do presente processo”, declarou.
“Existem circunstâncias fáticas compatíveis com a acusação a ele imputada, os denominados ‘indícios’. Entretanto, não há prova da sua participação nos fatos, apenas suspeitas sérias, as quais bem justificaram o recebimento da denúncia”, completou.
Já o ministro Luís Roberto Barroso considerou que o caso conta com um “conjunto robusto de provas”. “Em conclusão, o conjunto robusto de provas existentes nos autos me leva a concluir que, mais do que coincidências, há elementos suficientes para negar qualquer credibilidade à versão defensiva”, afirmou.
“Os elementos dos autos indicam que ele concorreu para o delito, cedendo seu poder político e sua prerrogativa de indicação de Conselheiros do BNDES, para influenciar os responsáveis pela aplicação do dinheiro a repassarem os valores a ele”, completou.
Com informações do Portal G1