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Microfascismos e militância: bate-papo levanta debate sobre práticas de militantes e suas implicações subjetivas
Termômetro da Política
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Debate promovido pelo canal Transe aborda questões polêmicas entre militantes (Foto: Reprodução/YouTube)

O bate-papo promovido pelo canal Transe, no YouTube, trouxe à tona um debate extremamente polêmico em torno do tema “microfascismos e militância”. Com as residentes Marcelli Cipriani e Stefanie Cirne, e participação de Alice de Marchi e Mariana Nóbrega, a primeira parte do vídeo aborda implicações subjetivas nas práticas militantes.

Para a doutora em Ciências Criminais, pesquisadora e servidora pública Mariana Nóbrega, há dentro da militância uma competição por espaços e visibilidade. “No campo da militância, o que une as pessoas é sempre uma indignação contra uma injustiça, é uma coisa triste. Então, nesse espaço em particular, a competição de lealdade, para mostrar o quanto a causa lhe é cara, é mostrar o quanto você é sofrido com aquilo. Aí ficam naquela competição pra ver quem é o mais baixo-astral, o que sofreu mais”.

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De acordo Mariana Nóbrega, esse tipo de competição pode ocasionar injustiças. “E daí surge a esquerda punitiva. Se você escuta uma denúncia, você tem que mostrar que está muito indignado a ponto de ser arbitrário, e até injusto”, avalia a pesquisadora e colunista do Termômetro da Política.

Marcelli Cipriani acredita que há uma cobrança coletiva em torno da liberdade de poder ser feliz quando se é. “Eu acho que existe toda aquela sensação de que não se pode ser feliz enquanto existe tanta violência e dor no mundo. Existe uma cobrança por uma tristeza coletiva”, argumenta.

Assista abaixo ao vídeo na íntegra:

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