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Projeto propõe que policiais e seguranças privados façam curso em Direitos Humanos
Termômetro da Política
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Proposta do deputado Wilson Filho visa combater o racismo estrutural (Foto: Nil Pereira/ALPB)
Proposta do deputado Wilson Filho visa combater o racismo estrutural (Foto: Nil Pereira/ALPB)

Policiais e seguranças privados terão que fazer curso de formação em Direitos Humanos. É o que propõe o deputado estadual Wilson Filho (PTB), que apresentou nesta sexta (20) um projeto de Lei para que a disciplina de Direitos Humanos se torne obrigatória na formação de policiais civis, militares e agentes de segurança privada na Paraíba. A iniciativa se deu logo após a morte violenta de um homem negro em Porto Alegre – RS, espancado por seguranças contratados pela rede de supermercados Carrefour, nessa quinta-feira (19), véspera do Dia da Consciência Negra,

“O racismo estrutural é um problema que precisa ser enfrentado de maneira enérgica e estratégica, incluindo a formação e educação dos agentes – que é o principal objetivo do nosso projeto. Não podemos mais assistir passivos que forças do Estado, ou mesmo privadas, que deveriam atuar como guardiãs das leis, se tornem vetores da violação da nossa Constituição”, comentou Wilson Filho.

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O parlamentar frisou que o PL serve, ainda, para evitar crimes de ódio cometidos por agentes em razão de gênero, orientação sexual e intolerância religiosa, transformando as polícias e a segurança privada em unidades de garantia dos direitos individuais e de preservação da diversidade do tecido social.

O Projeto prevê o mínimo 60 horas/aula para a administração da disciplina nos cursos de formação de policiais. Os seguranças privados terão o prazo de um ano para realizarem o curso e deverão fazer atualização a cada cinco anos. As empresas de segurança que contratarem agentes sem a formação em Direitos Humanos poderão pagar multas de R$ 5.265 a R$ 10.530, assim como as contratantes que terceirizam a segurança em seus estabelecimentos.

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