Política -
Vaquinha arrecada fundos para “comprar o Centrão” e aprovar o impeachment de Bolsonaro
Termômetro da Política
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Partidos do chamado Centrão costumam se reunir nas principais pautas da Casa (Foto: Maryanna Oliveira/Câmara dos Deputados)

Se no ditado popular uma andorinha só já não faz verão, é certo no Brasil que as andorinhas da Câmara dos Deputados não fazem absolutamente nada sem o Centrão. Justamente por isso o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) tem se aproximado deste bloco, que formalmente não existe, mas costuma se organizar para votar junto nas principais pautas da Casa. E, historicamente, são partidos que tendem a negociar apoio em troca de espaços políticos e emendas parlamentares, por isso o Centrão ganhou a fama de se “vender”. E como onde há quem venda, há quem compre, uma vaquinha na internet está arrecadando fundos para “comprar o Centrão” e viabilizar o impeachment de Jair Bolsonaro.

A vaquinha começou como uma brincadeira, mas para surpresa geral, já havia arrecadado, até as 10h30 desta quarta-feira, a quantia de R$ 1.280. A comunidade na internet não brinca mesmo. É dinheiro de verdade para financiar o impossível. É muito improvável que um parlamentar receba abertamente qualquer quantia em dinheiro para vender seu voto contra ou a favor do impeachment. No entanto, a arrecadação ter se tornado real passa a funcionar de imediato como um protesto.

A vaquinha para “comprar o Centrão” e aprovar o impeachment do presidente Jair Bolsonaro pode ser acessada diretamente neste link.

Quem compõe o Centrão

Não há partidos oficialmente agrupados em bloco e identificados como Centrão. Entretanto, no próprio site da Câmara dos Deputados estão formados em bloco: PL, PP, PSD, Republicanos, PTB, PRos, PODE, PSC, Avante e Patriota, que juntos reúnem 206 do total de 513 deputados. Para uma possível votação do impeachment do presidente Jair Bolsonaro, também podem se unir a estes partidos PSL (36), MDB (33), DEM (29) e Solidariedade (14). São necessários 257 votos (maioria absoluta) para a aprovação do processo de impeachment e, depois, 342 (dois terços da Casa) para que ele siga para o Senado.

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