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Morre aos 60 anos o professor e escritor Wellington Pereira, vítima de covid-19
Termômetro da Política
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Wellington Pereira participou da formação de várias gerações de profissionais de comunicação (Foto: Reprodução/Facebook)

Morreu na noite desta sexta-feira (19) em João Pessoa, aos 60 anos, vítima de covid-19, o escritor e professor aposentado da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) Wellington Pereira. Ele estava internado desde a quarta-feira (17) no Hospital Nossa Senhora das Neves.

Wellington era graduado em Jornalismo pela UFPB, mestre em Letras pela mesma instituição e doutor em Sociologia pela Université Paris Descartes.

Além da vida dedicada à pesquisa científica e ao ensino, onde foi responsável pela formação de várias gerações de profissionais de comunicação na Paraíba, Welington também era escritor. Da crônica ao conto, já se aventurara até na literatura infantil, com “Vovó nos protege – histórias de crianças para gente grande” (2016, 64p.).

Uma semana antes, Wellington havia perdido um irmão para a mesma doença. Ele deixa esposa e uma filha.

Wellington era atencioso, querido, gentil como poucos seres humanos e grande incentivador da produção textual.

O Termômetro da Política está de luto. Todos os que fazem parte deste site foram seus alunos. O brilhante legado do professor Wellington permanece entre nós.

Comunidade acadêmica lamenta

A comunidade acadêmica do Centro de Comunicação, Turismo e Artes (CCTA), da UFPB, lamentou, com profundo pesar, o falecimento do professor aposentado Wellington Pereira. “Na oportunidade, nós que fazemos o CCTA expressamos as mais sinceras condolências aos familiares e amigos”, diz trecho da nota.

Nas redes sociais digitais, diversos alunos e colegas docentes publicaram textos em homenagem ao professor. A jornalista, professora e pesquisadora Marina Magalhães publicou um emocionante relato:

“Notícia devastadora da morte do meu querido professor e amigo Wellington Pereira hoje por Covid. O mundo perde uma mente brilhante, um excelente cronista, um professor comprometido com seus alunos e um ser humano dos mais gentis. Foi com Wellington que aprendi a escrever uma abertura de texto. Foi ele que, pacientemente, me ajudou a elaborar um projeto de mestrado, mesmo sem ser orientador, corrigindo até as vírgulas com toda a atenção do mundo. Ainda lembro dos cafés mágicos que tomávamos nos intervalos do mestrado, nas barracas da UFPB, onde ouvia com fascínio a sua experiência de vida – de Sorbonne a Sumé – e sentia vontade de seguir um dia os passos dele. Wellington perdeu um irmão domingo, também vítima de Covid. Hoje meu coração está com sua mãe, que enterrou dois filhos em uma semana, com sua amada companheira Lurdinha e com a filha deles, Bia. Wellington nunca será um número. Formou gerações de jornalistas paraibanos, tocou a alma de uma multidão de leitores. Merece todo o nosso reconhecimento. Descanse em paz, meu amigo. 💔

Confira abaixo mais algumas das publicações:

Matéria alterada às 11h50 para acréscimo de informações.

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