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Anvisa alerta para riscos do uso indiscriminado de medicamentos, como tratamento precoce contra covid-19
Termômetro da Política
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Tratamento precoce contra a covid-19 pode causar efeitos colaterais graves (Foto: Sesau/Governo de Alagoas)

A automedicação, principalmente neste momento de pandemia, tem preocupado ainda mais as autoridades sanitárias em todo o mundo. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) divulgou nessa segunda-feira (5) o Comunicado 3/2021, que trata dos riscos à saúde da população causados pelo uso indiscriminado de medicamentos, sem orientação profissional, e também do processo de notificação de eventos adversos. O documento não exclui medicamentos do chamado “kit covid”, como hidroxicloroquina e ivermectina, que apesar de não terem eficácia comprovada para o tratamento da doença, têm sido bastante difundidos.

De acordo com a Anvisa, é preciso que as pessoas se conscientizem dos riscos reais dessa prática, que pode causar reações graves, inclusive óbitos. “Todo medicamento apresenta riscos relacionados ao seu consumo, que deve ser baseado na relação benefício-risco. Ou seja, os benefícios para o paciente devem superar os riscos associados ao uso do produto. Essa avaliação é realizada a partir de critérios técnico-científicos, de acordo com o paciente e o conhecimento da doença”. 

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Para se ter uma ideia da dimensão e da gravidade do problema, a Organização Mundial da Saúde, a OMS, calcula que mais de 50% de todos os medicamentos são prescritos, dispensados ou vendidos de forma inadequada. Além disso, metade de todos os pacientes não faz uso dos medicamentos corretamente.  

Notificação 

A agência ressalta ser imprescindível que profissionais de saúde e cidadãos notifiquem as suspeitas de eventos adversos, mesmo sem ter certeza da associação entre o evento adverso e o medicamento. A notificação torna possível identificar novos riscos e atualizar o perfil de segurança dos medicamentos. 

Os eventos adversos a medicamentos devem ser notificados pelo VigiMed. A qualidade dos dados inseridos no sistema é fundamental para subsidiar a análise pelas equipes especializadas. Importante identificar o produto e informar o fabricante e o número do lote. 

Leia a íntegra do Comunicado 3/2021

Fonte: Anvisa

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