Cultura -
Yuri Gonzaga traz música, poesia, teatralidade e crítica política em seu primeiro disco solo
Grace Vasconcelos - sob supervisão de Felipe Gesteira
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Cantor usa o termo “gripezinha” em umas das faixas para fazer uma crítica à condução da pandemia no Brasil e ao negacionismo à ciência (Foto: Ana Moraes/Divulgação)

Yuri Gonzaga vai lançar no segundo semestre de 2021 seu primeiro álbum solo e visual, o “Amador”, que define com base no dicionário como “aquele que faz por amor”. O trabalho vai trazer muitas referências sobre a relação do cantor com a pandemia de covid-19 e o isolamento social, mas também é uma forma de se apresentar e mostrar que vai além do ritmo da sanfona.

Gravado em home studio, em “Amador”, o músico experimenta e trabalha com aquilo que está ao seu alcance, contando com a ajuda do produtor do disco Rafael Chaves e da videomaker Ana Moraes, a responsável pela criação de todo o álbum visual.

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Segundo Yuri, o álbum visual vai explorar os cômodos da casa e expressará a ideia de como foi estar isolado e se descobrindo. As músicas também vão ganhar efeitos sonoros com sons específicos de cada lugar da residência.

O maior exemplo é do single “Respeita Minha Barba”, que será lançado no dia 13 de agosto, e contará com sons de lâminas de barbear batendo na pia do banheiro. O público também poderá acompanhar durante o álbum visual o dia do cantor, a manhã com sua ida ao banheiro nesse primeiro single, e em seguida, na próxima faixa será conduzido para o café da manhã na cozinha, assim seguirão as próximas músicas.

Em “Respeita Minha Barba”, o público não vai encontrar a famosa sanfona, muito utilizada em Os Gonzagas, banda da qual faz parte. O single vai ditar o tom do álbum, vai contar com a sonoridade da bossa nova e do funk norte-americano e também terá um violão para dar o ritmo. Ela é uma composição do seu irmão Gonzaguinha Costa e fala sobre uma autoafirmação, um pedido de respeito, que aqui vai se configurar como um cuidado consigo mesmo.

“Associo isso à minha descoberta enquanto artista quando passei, e ainda passo, pelo processo de me conhecer, me entender como alguém múltiplo e exigir respeito por isso, pelo que se é, pelo que sou”, comentou Yuri Gonzaga.

Crítica política e social

Yuri também incluiu uma faixa sobre sua experiência quando se infectou com covid-19. “Senti na pele e não é fácil”, disse o cantor, que usa o termo “gripezinha” em umas das faixas para fazer uma crítica à condução da pandemia no Brasil e ao negacionismo à ciência. Ele explica que a infecção foi um período muito difícil ainda no início da pandemia, principalmente por precisar enfrentar o momento sozinho em casa.

O disco não significa que o músico vai abandonar Os Gonzagas, ele afirma que a carreira solo é um projeto paralelo e que a banda continua firme. O surgimento de “Amador” também vem de uma vontade de mostrar as músicas que foram guardadas ao longo dos anos.

“Eu queria cantar músicas próprias e colocar minha imagem em outro lugar, em outros contextos. Não quero me desvincular do sanfoneiro dos Gonzagas, do forrozeiro. Faz parte também de quem sou e quem construí”, declarou.

“Amador” terá seis músicas autorais inéditas, que prometem surpreender e explorar artisticamente diversas sonoridades e composições.

Sobre Yuri Gonzaga

Natural de João Pessoa, Paraíba, Yuri Gonzaga é músico desde os 12 anos de idade. Possui formação em Música Popular pela UFPB e é fundador da banda Os Gonzagas, vencedora do Festival de Forró de Itaúnas (2013) e semifinalista do programa Superstar (Globo/2015). Com ela, lançou três álbuns e diversos singles, se apresentou e gravou com grandes nomes da nossa música, como Elba Ramalho, Chico César e Flávio José, e em diversos palcos pelo Brasil e no exterior.

Com informações da assessoria de imprensa.

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