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Ministério Público Federal investiga suposta compra de vagas para o curso de Medicina da UFPB; reitor promete agir
Grace Vasconcelos - sob supervisão de Felipe Gesteira
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Denúncia solicita que a UFPB se manifeste sobre o fato em até dez dias (Foto: Angelica Gouveia/UFPB)

O Ministério Público Federal (MPF) está investigando uma suposta fraude no processo seletivo do curso de Medicina da Universidade Federal da Paraíba (UFPB). Um aluno do primeiro período que ingressou no semestre 2021.2 teria desembolsado R$ 80 mil para garantir sua vaga e o nome na lista de aprovados do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) em Medicina. A assessoria do MPF afirmou que trata-se de um caso ainda em fase inicial de investigação. O reitor da UFPB, Valdiney Gouveia, classificou a suposta irregularidade como inadmissível e garantiu que tomará providências.

O documento cita também que o suspeito já responde por processos tributários e foi preso na “Operação Orange” da Polícia Civil, que investigou possíveis fraudes e falsificações. A denúncia foi registrada pelo Ministério Público da Paraíba no dia 29 de julho, mas por se tratar de uma instituição federal, ela foi encaminhada para o MPF no mesmo dia.

A notícia de fato foi despachada pelo Procurador da República José Godoy Bezerra de Souza. A denúncia foi encaminhada para a Reitoria da UFPB e solicita que a instituição se manifeste sobre o fato em até dez dias. A tramitação da notícia também foi prorrogada por mais 90 dias.

Reitor garante que tomará providências

O documento foi recebido ontem (9) pela universidade e foi assinado hoje (10) por uma servidora do setor administrativo. De acordo com o reitor da UFPB, Valdiney Gouveia, o suposto crime é inadmissível.

“O primeiro elemento é saber tudo o que aconteceu. Eu estou saindo de Recife, já tive conhecimento da peça que foi nos passada pelo Ministério Público Federal. Chegando na Universidade Federal da Paraíba vamos nos inteirar de tudo. Com certeza, havendo qualquer ato que macule a imagem da Universidade Federal da Paraíba, nós agiremos. Não é admissível em uma universidade pública, de qualidade, como é a UFPB, que tenhamos qualquer conduta que extrapole o legalmente permitido”, assegurou o reitor.

Confira a íntegra do ofício:

Matéria alterada às 20h40 para inclusão da resposta do reitor da UFPB.

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