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“Maior desastre natural da história”, diz governador da Bahia
Termômetro da Política
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Segundo a Defesa Civil da Bahia, até o momento, 470 mil moradores foram afetados pelos temporais (Foto: Reprodução/Twitter/@costa_rui)

Enquanto a Bahia enfrenta a maior tragédia de todos os tempos, o presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), sai de férias. O governador da Bahia, Rui Costa (PT), disse hoje (28) que o estado atravessa “o maior desastre natural da história”. Em entrevista coletiva, Costa disse que ainda não é possível dizer quando começará a reconstrução das áreas destruídas pelas enchentes que atingem o estado neste mês.

“A Bahia está devastada e ainda não é possível estipular quando as estradas vão ser recuperadas. Não sabemos a extensão. Vamos ter que olhar, caso a caso, a solução técnica. Em alguns lugares vamos ter que mudar a opção. Uma ponte de 50 metros de largura, por exemplo, que foi levada pela água pode ser um pouco maior, com 70 metros, para facilitar a passagem do rio”, adiantou.

Ainda segundo Costa, não será permitido que casas voltem a ser construídas em áreas de risco, próximas a rios ou em terrenos propensos a deslizamentos. O governador esclareceu que a prioridade das obras serão pontes e estradas essenciais que ligam os municípios a outras regiões e que estejam em locais de mais fácil acesso.

Números

Já são 116 municípios afetados e o número de cidades que decretaram situação de emergência chega a 100. Segundo a Defesa Civil da Bahia, até o momento, 470 mil moradores foram prejudicados de alguma maneira pelos temporais. As enchentes do estado já deixaram 20 mortos e mais de 31 mil desabrigados.

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“A sensação que nós temos é, pelas imagens que vemos, de um grande bombardeio em todo o estado”, disse o governador. Ele acrescentou que pelo menos 50 cidades tem casas embaixo d’água. “Agora que a água começa a baixar, a gente vê o estrago que foi feito em casas de pessoas simples, que fizeram um esforço danado para erguê-las.”

Auxílio

Sem adiantar quanto será dado a cada família, Rui Costa reiterou o apelo feito ontem (27) para que prefeitos façam os cadastros das pessoas afetadas pelas enchentes. “Vamos fazer um valor de auxílio financeiro para essas famílias, mas precisamos primeiro entender quantas pessoas foram prejudicadas.”

O governador está em Ilhéus, onde estão centralizadas as operações para atender a população afetada. Na entrevista, ele agradeceu a ajuda de diversos estados entre eles Maranhão, Ceará, Pernambuco, São Paulo, Rio de Janeiro, Mato Grosso e o Distrito Federal, que já anunciaram ajuda com recursos, donativos e até envio de bombeiros para socorrer a população.

Sobrevoo

Na manhã desta terça-feira (28) está previsto um sobrevoo de três ministros – João Roma (Cidadania), Rogério Marinho (Desenvolvimento Regional) e Marcelo Queiroga (Saúde) – sobre as áreas mais afetadas pelas chuvas e enchentes no sul da Bahia.

Nas redes sociais, o presidente Jair Bolsonaro tem sido duramente criticado por não ter ido pessoalmente prestar assistência à população. “A Bahia está lidando com uma das maiores tragédias climáticas da história recente. O estado está sendo parcialmente varrido do mapa, com centenas de famílias duramente afetadas pelas chuvas. Enquanto isso, o presidente Jair Bolsonaro nas redes sociais:”, publicou um usuário no Twitter.

O deputado federal Marcelo Freixo (PSB-RJ) também criticou o presidente Jair Bolsonaro. “O retrato de um país sem governo. Enquanto brasileiros morrem e perdem suas casas na Bahia, o presidente da República curte as férias em Santa Catarina como se nada estivesse acontecendo”, disse Freixo.

Com informações da Agência Brasil.

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