O pediatra Giordano Targino, que deu laudo médico contrário à segunda dose da vacina contra covid-19 para o vereador Tarcísio Jardim (Patriota), não deve ser punido pelo Conselho Regional de Medicina do Estado da Paraíba (CRM-PB), segundo o diretor de fiscalização do órgão, Bruno Leandro de Souza. Segundo o diretor, que também é pediatra, o médico só poderia ser punido se tivesse feito uma declaração pública contra a vacina.
“Todo e qualquer médico que fizer declaração pública contra a vacina, pode ser denunciado no CRM. Ele está infringindo normas éticas, porque o médico não pode se voltar contra as normas sanitárias vigentes e o que temos como normas sanitárias no nosso país, pelo Ministério da Saúde, é que as pessoas se vacinem e que a vacina é segura, testada e aprovada”, afirmou Bruno Souza.
O diretor de fiscalização também afirmou que se houver uma declaração pública, o conselho precisa receber uma denúncia para iniciar a apuração. O médico deve ser julgado, e se condenado, pode ser punido com uma advertência simples até a cassação do registro profissional, dependendo do impacto da infração ética.
O CRM-PB incentivou pais e responsáveis a levarem as crianças para tomarem a vacina contra a covid-19, através de uma campanha divulgada nas redes sociais. Em vídeo, o médico Bruno Leandro de Souza, acompanhado de seus filhos, Henrique e Heitor, que possuem 7 e 8 anos respectivamente, falaram sobre a importância de tomar a vacina.
O pediatra ressaltou que as vacinas são seguras e aprovadas por órgãos internacionais e pelo Ministério da Saúde. “Dê a chance ao seu filho, dê a ele a chance de se proteger de uma doença grave como a covid-19”, afirmou. As crianças lembraram que a vacina pode até doer, mas é segura e no fim tem um objetivo muito importante: ficar livre da covid-19.
Em entrevista ao portal do CRM-PB, a presidente da Sociedade Paraibana de Pediatria também se manifestou a favor da vacinação de crianças e adolescentes e alertou sobre o impacto das fake news na imunização da nova faixa etária.
“Existe uma resistência pelos grupos antivacina, traduzido em disseminação de fake news, que precisam ser desconstruídas com informação. A vacinação pediátrica licenciada no Brasil cumpriu todo o rigor técnico e científico exigido para a sua liberação”, explica a pediatra.
