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Com alta de 1,44% no mês, comer em casa tem maior peso na inflação de janeiro
Termômetro da Política
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No acumulado dos últimos 12 meses, o indicador total apresentou alta de 10,38% (Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil)

Comer está cada vez mais caro para o brasileiro. A inflação chegou a 0,54% em janeiro, mas o principal influenciador da alta nos preços foi a alimentação no domicílio, que sozinha atingiu 1,44%. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que divulgou hoje (9), no Rio de Janeiro, os dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), o resultado total (0,54%) foi o maior para o mês de janeiro desde 2016, quando atingiu 1,27%. 

No acumulado dos últimos 12 meses, o indicador apresentou alta de 10,38%, patamar superior aos 10,06% registrados no período imediatamente anterior. Em janeiro de 2021, a variação mensal ficou em 0,25%.

Segundo André Filipe Almeida, analista da pesquisa, o resultado foi influenciado, principalmente, por alimentação e bebidas (1,11%), o que provocou o maior impacto no índice do mês (0,23 ponto percentual).

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“Foi a alimentação no domicílio (1,44%) que influenciou essa alta. Mais do que a alimentação fora do domicílio, que desacelerou de 0,98% para 0,25%. Os principais destaques foram as carnes (1,32%) e as frutas (3,40%), que, embora tenham desacelerado em relação ao mês anterior, tiveram os maiores impactos nesse grupo, 0,04 pp [ponto percentual] e 0,03 pp, respectivamente”, explicou. 

Pelo 11º mês consecutivo, os preços do café moído avançaram, desta vez 4,75%, acumulando alta de 56,87% nos últimos 12 meses. Houve destaque também para a cenoura (27,64%), cebola (12,43%), batata-inglesa (9,65%) e tomate (6,21%). Em movimento contrário, houve queda nos preços do arroz (-2,66%), do frango inteiro (-0,85%) e do frango em pedaços (-0,71%).

INPC

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) cresceu 0,67% em janeiro. O resultado ficou abaixo do mês anterior: 0,73%. Foi ainda a maior variação para o mês desde 2016. A alta foi de 1,51%. Nos últimos 12 meses, o indicador acumula elevação de 10,60% e ficou acima dos 10,16% observados no período imediatamente anterior. Em janeiro de 2021, a taxa alcançou 0,27%.

Os preços dos produtos alimentícios subiram 0,76% em dezembro, indo para 1,08% em janeiro. Os não alimentícios tiveram alta menos intensa que a do mês anterior e saíram de 0,72% em dezembro para 0,54% em janeiro.

Também no INPC, Porto Alegre (-0,52%) foi a única das áreas pesquisadas com variação negativa no primeiro mês de 2022. Aracaju também foi a maior variação (0,96%), influenciada pelas altas no tomate (34,90%) e nas frutas (7,22%). Na região metropolitana de Porto Alegre a queda foi resultado, principalmente, dos recuos da energia elétrica (-6,62%) e da gasolina (-6,20%).

Indicadores

Segundo o IBGE, o IPCA abrange as famílias com rendimentos de 1 a 40 salários mínimos, e o INPC as famílias com rendimentos de 1 a 5 salários mínimos, residentes nas regiões metropolitanas de Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Vitória, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba e Porto Alegre, além do Distrito Federal, Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís e Aracaju.

Com informações da Agência Brasil

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inflação