ads
Geral -
Reitor da UFPB utiliza sistema de cotas para ingressar em curso da instituição; MPF abre investigação
Grace Vasconcelos - sob supervisão de Felipe Gesteira
Compartilhe:
Reitor Valdiney Veloso entrou em vaga destinada a aluno que cursou ensino médio na escola pública (Foto: Divulgação/UFPB)

O reitor da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Valdiney Veloso, foi aprovado para cursar a graduação em Engenharia de Produção na instituição utilizando a cota para estudantes oriundos de escolas públicas. Não há impedimentos para que o reitor concilie os estudos com o trabalho na Reitoria, segundo edital do SISU 2022 e regimentos da UFPB. O Ministério Público Federal (MPF) decidiu abrir investigação contra a utilização do sistema de cotas pelo reitor.

Valdiney publicou nas suas redes sociais o certificado de conclusão escolar em um colégio público de João Pessoa, afirmando que estava separando os documentos para se inscrever na primeira chamada regular do sistema de seleção. Em um dos comentários, Valdiney afirmou: “Somos muitos os de escolas públicas que temos nos empenhado para valer a pena cada centavo investido em nós. Sigamos retribuindo com nosso trabalho”.

Veja também
Procon vai autuar escolas que se negam a cobrar passaporte da vacina contra covid-19

O MPF vai investigar o reitor Valdiney Veloso por ter utilizado cotas para estudantes que terminaram o ensino médio em escolas públicas. A procuradora Janaína Andrade de Souza foi a responsável por instaurar nesta quarta-feira (2) uma Notícia de Fato para que se dê início às apurações. Ela também cobrou que a Pró-Reitoria de Graduação da UFPB se manifeste sobre o tema.

Ele fez 638,9 pontos na prova do Enem e entrou para o curso de Engenharia de Produção, que consta com horário noturno. Considerando que os alunos aprovados devem iniciar suas aulas no próximo semestre, Valdiney Veloso, que tomou posse em dezembro de 2020, deve passar um ano e meio conciliando os estudos universitários e o trabalho na reitoria, até novas eleições para reitor serem convocadas na instituição.

Compartilhe: