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Inflação ao produtor brasileiro acumula alta de 11,12% em 12 meses
Termômetro da Política
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Indicador acumula alta de 7,84% em 2022 (Foto: José Cruz/Agência Brasil)

Em junho, o Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) subiu 0,62%. O indicador da inflação ao produtor foi divulgado hoje (7), no Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Economia, da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre). O indicador acumula alta de 7,84% em 2022 e 11,12% em 12 meses.

Em junho do ano passado, o IGP-DI havia subido 0,11% com alta acumulada de 34,53% em 12 meses.

De acordo com o coordenador dos Índices de Preços do Ibre, André Braz, a desaceleração foi impactada pela baixa nas commodities.

“O recuo dos preços de grandes commodities abre espaço para a desaceleração da inflação ao produtor. O risco de recessão em grandes economias contribui para o recuo dos preços do milho (de -0,10% para -3,30%), do minério de ferro (de -4,61% para -1,63%) e da soja (de 2,76% para -0,81%)” disse.

Componentes

Entre os componentes do IGP-DI, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) variou 0,44% em junho, após alta de 0,55% em maio. Por estágios de processamento, a taxa do grupo Bens Finais passou de 0,03% em maio para 0,72% em junho, influenciada pelos alimentos in natura, cuja taxa passou de -5,79% para -0,70%. O índice de Bens Finais (ex), que exclui alimentos in natura e combustíveis para o consumo, subiu 0,82% em junho, após alta de 0,75% em maio.

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A taxa dos Bens Intermediários passou de 1,46% para 1,33%, pressionada pelo subgrupo suprimentos, cuja taxa foi de 2,70% em maio para -2,18% em junho. O índice de Bens Intermediários (ex), que não conta a variação dos combustíveis e lubrificantes para a produção, caiu 0,09% em junho, depois de subir 0,48%.

As Matérias-Primas Brutas recuaram 0,78% em junho, após alta de 0,04% em maio, com a influência da soja em grão (2,76% para -0,81%), cana-de-açúcar (3,65% para -1,24%) e milho em grão (-0,10% para -3,30%). Pressionaram em sentido oposto o minério de ferro (-4,61% para -1,63%), a mandioca (-8,56% para 1,73%) e os bovinos (-2,89% para -1,52%).

Já o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) variou 0,67% em junho, contra 0,50% em maio. Entre as oito classes de despesa do índice, três tiveram alta na passagem do mês: Habitação passou de -1,37% para 0,43%, Alimentação foi de 0,45% para 1,30% e Vestuário variou de 1,21% para 1,26%.

Variação

A pesquisa da FGV Ibre destaca nestas classes de despesa a variação da tarifa de eletricidade residencial (-9,34% para -0,41%), das hortaliças e legumes (-9,06% para -5,13%) e das roupas (1,37% para 1,53%). Por outro lado, caíram as variações dos grupos Transportes (1,02% para 0,18%), Educação, Leitura e Recreação (3,12% para 2,06%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,87% para 0,42%), Comunicação (-0,14% para -1,08%) e Despesas Diversas (0,91% para 0,13%).

As principais influências foram do etanol (3,09% para -6,79%), passagem aérea (16,33% para 9,43%), artigos de higiene e cuidado pessoal (1,85% para -0,68%), combo de telefonia, internet e TV por assinatura (-0,18% para -2,59%) e serviços bancários (1,23% para 0,02%).

O núcleo do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) registrou 0,57% em junho, após a alta de 0,84% em maio. O índice de difusão, que mede a proporção de itens com variação positiva, ficou em 72,58%, abaixo dos 74,84% de maio.

Por último, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) passou de 2,28% em maio para 2,14% em junho. Entre os grupos componentes do INCC, as variações foram de 1,72% para 1,07% nos Materiais e Equipamentos, 0,73% para 0,68% em Serviços e 3,08% para 3,35% em Mão de Obra.

Fonte: Agência Brasil

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