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Formação política para as elites: evento é marcado por polêmicas e ausência de estudantes da rede pública
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Sabateena Politizades: formação política voltada para estudantes da elite (Foto: Reprodução/Twitter/AdjanySimplicio)

Se o “nosso futuro depende das nossas escolhas”, como dizia o slogan da Sabateena Politizades, essas escolhas são de todos ou só das elites? No evento promovido nessa quinta-feira (11) pela Rede Paraíba de Comunicação com a proposta de levar os candidatos ao Governo da Paraíba a debater com estudantes, chamou atenção a ausência de alunos da rede pública.

Tudo na sabatina era de alto padrão, a começar pelo local escolhido, uma casa de eventos de luxo localizada em Cabedelo. No palco, candidatos de partidos com representação no Congresso Nacional: João Azevêdo (PSB), Pedro Cunha Lima (PSDB), Adjany Simplicio (Psol) e Veneziano Vital do Rêgo (MDB); na plateia, adolescentes representando famílias das classes média e alta da Paraíba.

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Durante as reuniões para a realização do evento, houve pedidos para que as escolas da rede pública pudessem enviar seus alunos, mas segundo informou uma fonte ligada a um dos partidos, o pedido não foi acatado.

Polêmica prévia

Antes mesmo de o evento acontecer já havia polêmica em torno do nome. Um grupo de pais conservadores que têm filhos matriculados no Colégio ISO divulgou protesto por meio das redes sociais contra o nome Sabateena Politizades. Segundo o documento, o evento estaria desrespeitando a norma culta da língua portuguesa. Na verdade, o protesto não passava de discurso contrário à diversidade.

Protesto de pais contra o evento (Imagem: Reprodução/Instagram)

Ataques à liberdade de imprensa

Outra polêmica no evento ficou por conta do deputado federal e candidato ao Governo da Paraíba, Pedro Cunha Lima (PSDB). Em seu discurso, Pedro disse que blogs políticos na Paraíba são financiados com dinheiro público para blindar o governo.

A fala de Pedro provocou reação de entidades paraibanas que atuam em defesa da liberdade de imprensa. O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado da Paraíba (Sindjor-PB) e a Associação Paraibana de Imprensa (API) repudiaram os ataques do candidato.

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