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Nilvan responde a perguntas da população, de vereadores e da imprensa em sabatina na CMJP
Termômetro da Política
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Os temas abordados na sabatina foram educação, saúde, infraestrutura, gestão financeira, meio ambiente, projetos estruturantes, emprego e renda e cultura (Foto: Divulgação/CMJP)

Na quarta rodada de entrevistas do programa “Conexão Eleitoral”, a Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP), recebeu, na manhã desta terça-feira (6), o candidato Nilvan Ferreira (PL), que respondeu a perguntas da população, dos vereadores e de jornalistas. Os temas abordados na sabatina foram educação, saúde, infraestrutura, gestão financeira, meio ambiente, projetos estruturantes, emprego e renda e cultura.

No primeiro bloco, Nilvan foi questionado sobre saúde, projetos estruturantes, gestão financeira, emprego e renda, e meio ambiente. De início, Dayanne Golzio relatou que encontra dificuldades ao levar sua bisavó ao hospital e questionou como poderiam melhorar o atendimento aos idosos. O candidato explicou que a situação está no contexto geral dos problemas encontrados na saúde e que, em suas palavras, seria preciso “fechar a torneira da corrupção”. A reestruturação dos 23 hospitais âncoras da rede pública com Unidades de Tratamento Intensivo (UTIs), centros de diagnóstico por imagem, tratamento contra o câncer próximo aos pacientes e um hospital de trauma do sertão foram mencionados por Nilvan como áreas que necessitam investimentos por parte do estado.

Afirmando saber da existência de leis e delegacias da mulher, Ana Cristina explicou que isso ainda seria pouco em relação ao combate ao feminicídio na Paraíba, e questionou o que pode ser feito diante de tantas mortes com essa causa. Ferreira enfatizou que o papel do Estado é reforçar a rede de proteção, a começar por fazer as delegacias da mulher funcionarem realmente. Para ele, o feminicídio também é uma questão que precisa ser trabalhada no âmbito educacional: “Precisamos combater essa cultura. Precisamos combater a partir do início, na escola, onde se recebem as primeiras noções de respeito à mulher”. Ele também disse que penas mais severas e programas de assistência à mulher, além do incentivo para o desenvolvimento feminino no empreendedorismo, no trabalho, para que tenham mais autonomia, são importantes.

Sobre gestão financeira, Acilino Madeira questionou que relação teria o sistema fiscal e o desenvolvimento econômico da Paraíba, ao que o candidato Nilvan respondeu que a Paraíba está nas piores colocações nos índices que podem provocar o desenvolvimento do estado. E completou sugerindo que é necessária a implantação de um modelo semelhante ao do Governo Federal, seguindo um parâmetro de redução de tributos.

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Sabendo que o estado só pode contratar mediante realização de concursos públicos e que, no caso, quem poderia ajudar na geração de empregos seriam as empresas, Guilherme Baía indagou o que se pretende fazer para estimulá-las, principalmente em termos de impostos, mas, também, de infraestrutura. Nilvan Ferreira concordou que a iniciativa privada, na Paraíba, passa por um processo de asfixia pela excessiva cobrança de impostos. “Vamos fazer com que o estado regre menos, seja nas licenças ambientais, seja nos tributos, na desburocratização, adaptar, inclusive, à lei da liberdade econômica. Esse estado, sendo menos guloso, vai fortalecer um processo de desenvolvimento”. Suas propostas, então, consistem na redução de ICMS, desengavetamento do projeto do Porto de Águas Profundas, revitalização do setor de mineração e utilizar as águas da transposição do Rio São Francisco para o povo produzir e gerar riquezas no sertão paraibano.

Quanto ao meio ambiente, Sonia Bitencourt questionou quais seriam as políticas adotadas para atuação nas regiões em que as mudanças climáticas têm maior impacto, para que a população mais vulnerável não sofra tanto. O candidato se disse preocupado, por exemplo, com o caso de 160 cidades que ainda estão fora do mapa do saneamento básico e esgotamento sanitário. “A água do São Francisco chegou a Monteiro e os dejetos da cidade estão caindo no rio, causando um problema muito sério, porque nós não nos preparamos, nesta perspectiva, para, por exemplo, receber as águas do Rio São Francisco. E não acontece só em relação a ele. Temos problemas sérios com o Rio Piranhas, o Rio Paraíba, questões preocupantes”, alertou. Em seguida, ele relatou a existência de um estudo feito por setores de Brasília sobre a substituição de matrizes energéticas, que pode, inclusive, segundo ele, servir para a geração de renda, com os créditos de carbono. “Nós precisamos ter, na Paraíba, uma secretaria do meio ambiente que trate dessa discussão, que pode parecer distante, mas já está próxima de muitos segmentos. Por exemplo, a substituição de matrizes energéticas das padarias, das olarias, substituindo o que se tem hoje, que polui e prejudica o meio ambiente, e, com esse processo de compensação da emissão de poluentes, gerar crédito de carbono, que significa, no final, dinheiro para cooperativas que estejam envolvidas nisso tudo”, destacou. Ele ainda acrescentou: “No mesmo aspecto, um projeto sobre logística reversa, em que as empresas têm a obrigação de recolher uma porcentagem do material que prejudica o meio ambiente, como garrafas, baterias, etc, e que isso pode ser substituído por cooperativas que fazem esse processo, que ganham das empresas e também podem ter crédito de carbono no final”.

Segundo Bloco: candidato responde às perguntas de vereadores

No segundo bloco, o candidato Nilvan Ferreira respondeu a perguntas de vereadores da Casa sobre meio ambiente, infraestrutura, saúde, projetos estruturantes, emprego e renda e cultura. Sobre o meio ambiente, o candidato respondeu ao vereador Marcílio do HBE (Patriota) que a política de implantação de parques precisa ser planejada de forma estratégica para não prejudicar a população. Ele criticou a retirada de pessoas da Comunidade São Rafael. “A prefeitura está cometendo um crime contra aquelas pessoas e contra a história delas”, enfatizou, salientando que todo projeto desenvolvido deve ser planejado, discutido e sem imposições, obedecendo às questões ambientais e conectado com a realidade existente.

Sobre infraestrutura, Nilvan Ferreira respondeu ao vereador Milanez Neto (PV) que vai cumprir promessas de obras de mobilidade urbana realizadas pelas gestões anteriores e atual, como o Arco Metropolitano, a saída do Bairro das Indústrias para a BR e a ligação do Hospital Universitário com o bairro Cabo Branco. Ele salientou a importância do trabalho em conjunto, independente de questões partidárias. “Fazer com a Prefeitura de João Pessoa as parcerias que precisam ser feitas, Estado-Prefeitura, para a gente poder encaminhar algumas soluções concretas em relação à mobilidade urbana aqui na Capital”, afirmou enfatizando a necessidade de uma relação de convivência administrativa entre os entes federativos.

Respondendo ao vereador Marcelo da Torre (MDB) que questionou sobre saúde, o candidato respondeu que a área em questão demanda muita atenção não só em João Pessoa, mas no estado inteiro. “João Pessoa vai ter um governador com a disposição de ajudar, de resolver e ser parceiro. [Vamos] Mudar o sistema de regulação, podemos avançar muito nisso. Informatizar, tornar a coisa mais ágil, fazer mutirões, inclusive à noite, para diminuir a fila de catarata e cirurgia de próstata. As pessoas estão morrendo. Ajudar mais a questão Hospital Napoleão Laureano e a FAP em Campina Grande, o São Vicente de Paula, que sofre e agoniza por atrasos nos repasses. A saúde aqui vai ter uma atenção especial”, garantiu o candidato.

Sobre segurança pública, Nilvan Ferreira respondeu a uma pergunta do vereador Bosquinho (PV) enfatizando que é um tema que atinge diretamente a integridade e a vida das pessoas. Ele destacou que é preciso cuidar e valorizar o policial, aumentar os efetivos com a realização de concurso público, reabrir delegacias, implantar Plano de Cargos Carreiras e Remunerações, além da Bolsa Desempenho em 2023, a fim de motivar o profissional. “A segurança pública tem que ter polícia na rua, bem armada, com a capacidade outorgada pelo Estado para garantir a sensação de segurança para o cidadão comum”, ressaltou.

Respondendo a uma pergunta do vereador Luis da Padaria (PMB) sobre emprego e renda, o candidato destacou que o Estado precisa ter capacidade de gerar emprego, ser fomentador e potencializador do setor, como no incentivo à produção de frutas e verduras no Sertão do Estado, com abertura de crédito para o homem do campo e diminuição do ICMS do kit de irrigação; potencializar a produção de arroz vermelho e o setor têxtil do Vale do Piancó; e prometeu a realização de parcerias com escolas e institutos federais para a capacitação de mão de obra especializada, incentivando o primeiro emprego de jovens.

Sobre cultura, o candidato respondeu a uma pergunta do vereador Bruno Farias (Cidadania) destacando que a economia criativa é um dos pilares importantes para a geração de empregos. Ele salientou que vai reformular a política de editais de incentivo à cultura e produção audiovisual. “A gente precisa despolitizar isso. A cultura precisa chegar até os bolsões onde muita gente está produzindo conteúdo com potencial de ser explorado”, destacou, ressaltando que é algo que precisa ter continuidade e ser planejado do ponto de vista estratégico nessa área.

Jornalistas sabatinam candidato

Nilvan Ferreira também respondeu perguntas de três jornalistas convidados pela CMJP. Rubens Nóbrega fez a primeira pergunta do bloco indagando ao candidato sobre sua visão de armar as mulheres como defesa contra o feminicídio, como sugeriu o presidente da República e candidato de sua legenda a reeleição. “O presidente falou de forma figurativa e a imprensa trata isso de forma a torná-lo antipático. Eu defendo a liberdade de escolha de cada um. Se uma mulher quiser comprar uma arma para se defender, ela deve poder comprar dentro da legalidade e de todos os trâmites necessários”, enfatizou.

Já Eclíton Monteiro perguntou ao candidato sobre como será a relação dele com a imprensa. O candidato enfatizou que haverá uma relação institucional em que o governo comprará espaço publicitário e não opiniões. “Vamos mudar esse modelo que está aí nessas últimas gestões. Um modelo de perseguição, onde se execra quem não concorda com a gestão. A Paraíba precisa mudar de verdade e acabar com velhos modelos, além de garantir novo comportamento em relação ao servidor público, sempre baseado no respeito”, asseverou.

Outra pergunta foi feita pela jornalista Sony Lacerda que quis saber sobre quais mecanismos serão usados para acabar com os tentáculos da corrupção. “Vamos desaparelhar o que está aí e mudar os esquemas continuados nas gestões anteriores no Detran, Cagepa, na compra de livros, entre outros. Faremos um governo técnico em que não haverá políticos nas secretarias. Procuraremos diminuir o contato entre fornecedores e compradores. Fortaleceremos a Procuradoria e a Controladoria do Estado, a transparência efetivamente colocada em prática”, explicou.

O candidato ainda assegurou que vai se debruçar sobre a gestão dos veículos de comunicação do estado, a Rádio Tabajara e o Jornal A União depois porque existem outros temas mais relevantes a serem tratados antes. Ele então destacou algumas ações efetivas que pretende executar na Capital paraibana tais como a finalização de obras com recursos já liberados como a travessia do Hospital Universitário para o Altiplano, o viaduto na BR 101 na região do bairro das Indústrias para desafogar o trânsito na área e construir o Arco Metropolitano.

Nilvan ainda garantiu a atualização dos planos de cargos, carreira e remuneração (PCCR) da Educação e da Polícia Civil, além do PCCR da Polícia Militar (PM). Também deixou claro que vai tratar os movimentos sociais da forma mais respeitosa possível e deixou claro que defende a propriedade como inviolável. Ainda agradeceu o espaço para expor suas ideias e parabenizou a CMJP pela iniciativa.

“Todos os matizes devem ser conhecidos para que no final a sociedade dê seu veredicto. Vou liderar um movimento novo que pensa a Paraíba de forma diferente com atenção em seus potenciais como o Porto de Águas Profundas, mineração e exportação, a transposição das águas do São Francisco, as energias renováveis. Pensamos a Paraíba de forma tranquila, com harmonia e pensamento estratégico para os próximos 20 anos”, finalizou.

Fonte: CMJP

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