Economia -
Economista orienta empreendedores diante da expectativa para as vendas de Natal
Termômetro da Política
Compartilhe:
“O momento ainda exige cuidado com as contas”, diz Horácio Forte (Foto: Divulgação/Junot Lacet Filho)

O último trimestre do ano nunca esteve tão movimentado no Brasil. Com o fim da Black Friday e a eliminação da seleção na Copa do Mundo, a economia do país agora volta as atenções exclusivamente para o Natal, a data mais importante para o comércio. Porém, especialistas são cautelosos e afirmam que, já que a retomada segue a passos lentos, o momento ainda não deve superar por completo os danos causados pelos últimos quatro anos de desajuste econômico no país, mais a pandemia de covid-19.

Além das Eleições, que tomaram o assunto e geraram incertezas em investidores, o mercado brasileiro precisou lidar com a euforia da competição futebolística, que, pela primeira vez, deixou de ser realizada entre junho e julho por causa das altas temperaturas no Oriente Médio durante esse período.

Para o economista Horácio Forte, isso pode ter atrapalhado o desempenho das vendas. “A junção de tantas datas não é boa para o comércio. Isso significou um acúmulo de ações de vendas que antes tinham a atenção do consumidor igualmente e garantiam bons resultados, cada uma no seu período. Precisamos entender que o cliente é um só e o dinheiro dele, também”, destacou Horácio, que é presidente da H. Forte Soluções Educacionais, associada à Fundação Dom Cabral (FDC) na Paraíba e em Pernambuco.

Veja também
STF autoriza megaoperação da Polícia Federal contra atos antidemocráticos em oito estados e Distrito Federal

Prova disso é que as vendas pela internet da Black Friday despencaram. Segundo dados da Neotrust, o faturamento do comércio on-line caiu 25% em relação ao mesmo mesmo período do ano passado, despencando de R$ 5,2 bilhões para R$ 3,9 bilhões. “Além dos juros altos, a data passa por um grave problema de credibilidade no país. As pessoas não sentem mais confiança nas ofertas”, falou.

Crise sem precedentes e endividamento

Com a crise sem precedentes, alto nível de desemprego e escalada da inflação, resultados da desastrosa política econômica de Bolsonaro e Paulo Guedes, o economista destaca o endividamento das famílias como outro ponto que tem freado o consumo. “Muitos brasileiros estão com dívidas e o 13º salário, que antes servia como extra, agora é utilizado para pagar contas. Com menos dinheiro disponível, uma grande parcela da população não tem condições de participar dos amigos-secretos e fazer uma confraternização, por exemplo”.

De acordo com uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), o Natal deve injetar R$ 66,6 bilhões na economia brasileira. A intenção de compra, porém, apresentou uma leve queda, já que 73% pretendem dar presentes a outras pessoas neste fim de ano, ante 77% em 2021.

Com isso, Horácio alerta que ainda é hora de os empreendedores manterem as torneiras fechadas para que haja despesa apenas com o essencial até que os indicadores brasileiros apontem previsões positivas. “O momento é de conviver com o imprescindível e exige cuidado com as contas. É preciso ser austero com gastos e intolerante com desperdícios”, concluiu.

Vasta experiência
Presidente da H. Forte Soluções Educacionais, Horácio Forte é economista e pós-graduado em Administração Financeira. Atua há mais de doze anos como professor associado da Fundação Dom Cabral e, na sua carreira, já exerceu as funções de gerente da Souza Cruz, gerente regional e diretor de vendas da Pepsico (divisão Elma Chips), gerente nacional e diretor comercial do Grupo São Braz, e diretor comercial de agronegócios e telecomunicações do Grupo Algar.

Dom Cabral
Eleita a nona melhor escola de negócios do mundo e a melhor da América Latina pelo Financial Times, a Fundação Dom Cabral desenvolve há mais de 40 anos executivos, gestores públicos, empresários e organizações de diversos segmentos em vários países. Conectando teoria e prática, a FDC oferece soluções educacionais nacionais e internacionais, sustentadas por alianças estratégicas e acordos de cooperação com renomadas instituições na Europa, nos Estados Unidos, na China, na Índia, na Rússia e na América Latina.

Fonte: Assessoria de imprensa

Compartilhe:
Palavras-chave
crisefdc