Economia -
Apesar de render acima da inflação, especialista recomenda que pequeno investidor fuja da poupança
Termômetro da Política
Compartilhe:
Com a Selic em 13,75%, outras opções de renda fixa se apresentam melhores que a poupança (Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil)

A caderneta de poupança é a modalidade de investimento que oferece acesso mais simples para quem busca poupar dinheiro a fim de obter rendimentos e elevar seu patrimônio. Após anos apresentando resultados abaixo da inflação, a poupança voltou a ser uma opção viável. Segundo levantamento da consultoria TradeMap, a aplicação cravou uma rentabilidade de 2% em 2022, já descontando o aumento do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

De acordo com o economista Horácio Forte, o ganho é fruto da queda na inflação puxada pelos incentivos fiscais concedidos no fim de 2022. Na iminência de perder a eleição, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) adotou uma série de medidas eleitoreiras para tentar reverter sua desvantagem, como, por exemplo, a isenção dos impostos sobre combustíveis. “Os governos tomaram algumas medidas que ajudaram a frear a alta nos preços”, destacou Horácio, que é presidente da H. Forte Soluções Educacionais, associada à Fundação Dom Cabral (FDC) na Paraíba e em Pernambuco.

Apesar do investidor da poupança não ter saído no prejuízo em 2022, o especialista explica que a margem é muito pequena e há outras opções de renda fixa mais rentáveis à disposição. Com a Taxa Selic em 13,75%, definida na última reunião do  Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, em 7 de dezembro, Horácio Forte recomenda modalidades de renda fixa, como o CDB.

Veja também
“Brasil voltou para o jogo democrático e voltou a pensar grande”, diz Fernando Haddad, em Davos

A poupança foi criada no século XIX por Dom Pedro II e, desde então, é considerado o primeiro contato dos brasileiros com o mundo dos investimentos. Atualmente, estima-se que cerca de 67 milhões de pessoas no país possuam ao menos cem reais poupados no banco.

Fugir da aplicação e investir no próprio negócio

Para Horácio, apesar de não ser a aplicação mais estratégica, é importante entender individualmente cada perfil e o dinheiro disponível. “Tudo vai depender do objetivo do investidor. Muitas vezes, se é um microempreendedor que está com algo sobrando, podemos dizer que o melhor para ele é utilizar esse montante para investir no próprio negócio e turbinar a própria atividade”, orientou.

Com informações da assessoria de imprensa.

Compartilhe: