Na noite do último sábado (1), o Flamengo venceu o Fluminense por 2 gols a 0 no primeiro jogo da final do Campeonato Carioca de 2023, no Estádio Maracanã. A partida também ficou marcada pelo comportamento racista do torcedores do time tricolor, com xingamentos como: “traficante, veado e cuzão” e “tu és time de otário e cuzão, puta, veado e ladrão”. O momento parecia de felicidade e comemoração, mas foi criminoso. Segundo o Supremo Tribunal Federal (STF), atos preconceituosos contra homossexuais e transsexuais devem ser considerados como tipo penal definido na Lei do Racismo (Lei 7.716/1989), crime inafiançável.
Internautas na rede social Twitter pedem que o presidente do Fluminense venha a público e que a torcida seja devidamente punida. “Sou tricolor e aceito eses tipos de contigos o presidente do Fluminense tem que vi a público e da uma resposta pra todos e o Fluminense tem que ser punido pois sou tricolor minhas filhas e tricolor ese não e o jeito certo de torce [sic]”, disse o @Leonard47547880 na rede.
Outros, demonstram indignação especificamente com o ódio e preconceito das letras das músicas, apontando racismo como crime praticado pela torcida tricolor. “Nojento… as torcidas do vasco e do atletico mg tbm estão nessa vibe porca de só cantarem músicas cheias de ódio e preconceito c a nossa torcida… querem zuar? de boa, faz parte!! mas sem racismo e afins… [sic]” disse o tweet.
Para o Estatuto de Defesa do Torcedor, elaborado pela Câmara dos Deputados, “o esporte e as manifestações arrebatadas das torcidas não devem ser usados como catalisadores de atos violentos, mas como importantes vetores de sociabilização, de entretenimento e de promoção da saúde física e mental” podendo, inclusive, o clube responsabilizar tais torcidas.