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Política -
Panfleto apócrifo ataca opositores de Bruno Cunha Lima, em Campina Grande
Laura de Andrade - sob supervisão de Felipe Gesteira
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Um documento apócrifo vem sendo distribuído em Campina Grande, na Paraíba, com o intuito de atacar vereadores que se opõem a um empréstimo de interessa do Poder Executivo municipal, mas que não detalha as informações necessárias do destino dos recursos. As vítimas dos ataques são os vereadores Jô Oliveira (PCdoB), Anderson Pila (MDB), Pimentel Filho (PSD), Eva Gouveia (PSD) e Rostand Paraíba (PP). O prefeito da cidade, Bruno Cunha Lima (PSD), é quem pretende fazer um empréstimo de US$ 52 milhões ao Fundo Financeiro para Desenvolvimento da Bacia do Prata (Fonplata), entidade que financia a realização de projetos e obras.

Panfleto apócrifo ataca a honra dos vereadores (Foto: Reprodução/Twitter)

A vereadora Jô Oliveira usou a plataforma Twitter para expor a sua indignação. “Parece que há uma ‘campanha’ contra a oposição de CG que se coloca contrária a empréstimo de 52 milhões de dólares, que se pretende fazer sem clareza sobre as obras que se destina, taxa de juros, prazo de pagamento, entre outros problemas… Tá sabendo?”, perguntou. Ela explica que a atual narrativa é de que a oposição é contra a realização de obras pela cidade, e, por isso, contra um possível progresso do município. Diz também que o panfleto estava sendo distribuído em pontos da cidade, como o Estádio Amigão, a Feira da Prata, além da existência de automóveis jogando os panfletos em direção às casas dos campinenses.

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No material impresso também há fotos de cada vereador, além de seus respectivos números de telefone. “A quem interessa o enfraquecimento da oposição de Campina Grande? Quem ganha com isso?”, perguntou Jô. A vereadora afirma que não é acostumada a se posicionar de forma anônima, e se coloca contra a aprovação de um empréstimo que não tem informações importantes no Projeto de Lei, tais como quais serão as obras beneficiadas pelo dinheiro, nem as taxas de juros, nem a quantidades de parcelas que será pago. “Porque não concluir as [obras] que estão paradas?”, questionou.

E finalizou: “Por isso, mais uma vez reafirmamos que estamos nos posicionando contra esse empréstimo de 52 milhões de dólares, sobretudo pela forma como está sendo colocado. Acreditamos no diálogo, na transparência, na ampla participação e escuta popular, e no caso isso não está acontecendo!”

A sessão na Câmara Municipal de Campina Grande para votar a autorização do empréstimo foi realizada às pressas, na sexta-feira (31), sem o devido respeito aos prazos regimentais, e suspensa pela Justiça. Após nova convocação, deve ser retomada nesta terça-feira (4).

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