ads
Política -
Sandra Marrocos classifica a forma como foi destituída no PSB como desrespeitosa, arbitrária e antidemocrática
Laura de Andrade - sob supervisão de Felipe Gesteira
Compartilhe:

Arbitrária, desrespeitosa e antidemocrática. Foi assim que a ex-vereadora Sandra Marrocos classificou a atitude repentina do atual presidente estadual do PSB e deputado federal Gervásio Maia em destituir o seu cargo da liderança do diretório municipal de João Pessoa.

Sandra conta que estava prestes a iniciar uma reunião quando foi surpreendida com a decisão. “Eu não fui comunicada. Inclusive, eu tinha convocado uma reunião para esse dia, na segunda-feira […] justamente para discutir esse novo momento do partido e, de repente, faltando pouco mais de meia hora para a reunião acontecer, já com várias pessoas no diretório municipal de João Pessoa, eu fico sabendo, né. E eu não fico sabendo por ninguém oficialmente”. A ex-vereadora contou que não recebeu nenhuma proposta para continuar na comissão.

Sandra Marrocos foi eleita vereadora duas vezes em João Pessoa (Foto: Reprodução/Instagram)

Foi em junho de 2021 que Sandra recebeu o primeiro convite para presidir o diretório do PSB de João Pessoa. A ex-vereadora disse que recebeu o presidente da comissão estadual do partido na sua própria casa. O mesmo não aconteceu no momento que comunicou a sua saída de forma repentina. Ela disse que esperava ser tratada com mais respeito, já que ocupava um espaço de poder e decisão. “Ele [Gervásio Maia] veio na minha casa inclusive várias vezes, sentou na minha sala, quando foi para eu assumir a direção. Então não aconteceu da mesma forma”, desabafou.

Suposta violência política de gênero e silêncio na hora de levar caso adiante

Mulher militante e feminista, Sandra afirma que também sofreu uma violência política de gênero. Segundo a cartilha do Ministério Público Federal, esse tipo de violência é um dos fatores que distancia uma maior participação feminina mais efetiva na sociedade brasileira, e é um dos crimes contra o Estado Democrático de Direito previsto no Código Penal Brasileiro, e assegurado pela Lei nº 14.197/2021. Mas apesar da suposta violência, Sandra se calou quando foi questionada se iria denunciar a conduta do partido.

Veja também
Ministro do STF suspende regra do Governo Bolsonaro para atestar origem do ouro vendido no Brasil

A ex-vereadora afirmou que não irá se afastar do partido, nem dos filiados e filiadas ou dirigentes, e que atribui a saída ao atual presidente estadual do Partido Social e Liberdade e deputado federal, Gervásio Maia (PSB). “O PSB é muito maior, é muito mais democrático do que essa atitude que o presidente estadual do PSB na Paraíba [Gervásio Maia] teve para comigo”, enfatizou.

Perguntada se iria compor o governo de João Azevêdo (PSB), ela disse que ainda não recebeu convites, mas caso venha a acontecer, sim. “É o governo do partido que eu milito, né? O PSB não tem donos, não tem donas. É uma instância partidária que eu continuo filiada e serei pré-candidata a vereadora”, finalizou.

Compartilhe:
Palavras-chave
psbsandra marrocos