Política -
Marcon diz que entrará com uma representação no Conselho de Ética contra Eduardo Bolsonaro
Laura de Andrade - sob supervisão de Felipe Gesteira
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O deputado Marcon (PT-RS) disse que entrará, juntamente com o Partido dos Trabalhadores (PT), com uma representação ao Conselho de Ética contra agressões praticadas pelo deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) nesta quarta-feira (19), durante sessão na Comissão do Trabalho da Câmara dos Deputados. 

Outros deputados seguraram o deputado Eduardo Bolsonaro para evitar agressões físicas, além das verbais (Foto: Reprodução/YouTube)

Na ocasião, Eduardo relembrou a facada que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) levou durante a campanha presidencial de 2018 e ameaçou “enfiar a mão na cara” do petista. Lá, os colegas se encarregaram de segurar o filho do ex-presidente. O deputado tentou justificar a sua reação por ter ouvido de Marcon que a facada foi falsa.

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Na rede social Instagram, Marcon repudiou o acontecimento e anunciou que como medida, entrará com uma representação no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados. “O que aconteceu aqui na Câmara hoje foi um absurdo. A violência não pode ser tolerada nessa casa. Junto com o @ptnacamara e o @ptbrasil entraremos com uma representação no Conselho de Ética contra o deputado bolsonarista que me ameaçou, ofendeu e tentou me agredir. Tomaremos todas as medidas cabíveis para que esse ato não saia impune. Fascistas não passarão!”, enfatizou.

O deputado também se posicionou na rede social Twitter. Disse: “VIOLÊNCIA AQUI NÃO! O Partido dos Trabalhadores decidiu entrar com representação no Conselho de Ética contra o Deputado Eduardo Bolsonaro por falta de decoro pelos ataques proferidos a mim durante a Comissão de Trabalho. Não vamos tolerar nenhum tipo de violência!”.

O Regimento Interno da Câmara prevê a suspensão por até seis meses, advertências e até mesmo a cassação do mandato causadas por tumultos. 

De acordo com o portal g1, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), já havia sinalizado que tinha a pretensão de punir três deputados bolsonaristas e três governistas como medida de exemplo e com o objetivo de frear as agressões verbais nas reuniões. A preocupação é que durante os embates, a imagem da Câmara fique prejudicada, em vez dos próprios envolvidos.

O deputado federal Reimont (PT-RJ) disse ao jornal O Globo que Marcon representará por quebra de decoro, violência e homofobia. Sobre o embate, disse: “Fiquei atônito. A briga da política é a briga dos debates, das ideias, mas essa turma bolsonarista acha que pode resolver as coisas no braço. Fiquei de fato muito impactado. Já tinha presenciado algumas cenas do irmão dele na Câmara do Rio, mas nada tão estúpido quanto presenciei hoje”, relatou.

Gervásio Maia repudia atitude de Eduardo Bolsonaro

O deputado federal Gervásio Maia (PSB-PB) repudiou a atitude violenta do seu colega de parlamento, Eduardo Bolsonaro. Nesta quarta-feira (19), no Plenário da Câmara dos Deputados, o paraibano rechaçou os ataques do filho do ex-presidente Jair Bolsonaro.

“A violência não pode dominar o sentimento de uma ala da oposição. Quer dizer que na hora que um deputado não gostar do que o outro disser, a coisa vai ser resolvida na tapa, na agressão física? Nosso repúdio à atitude do deputado Eduardo Bolsonaro com o deputado Marcon, que tem uma história de vida bonita, de dedicação”, disse Gervásio.

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