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Trabalhadores pedem valorização do salário e queda dos juros; Lula participa de atos pelo 1º de Maio
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Com o slogan Emprego, Direitos, Renda e Democracia, as centrais sindicais realizam, nesta segunda-feira (1°), ato unificado para marcar o Dia Internacional do Trabalho, no Vale do Anhangabaú, centro da capital paulista. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) esteve presente nos atos.

“Depois de muitos anos, o Dia do Trabalhador voltou a ser um dia de conquistas, com reajuste do salário mínimo e aumento da isenção do Imposto de Renda. Contem com o nosso governo”, publicou Lula em seu perfil no Twitter.

Presidente Lula esteve neste 1º de maio com trabalhadores e trabalhadoras no Vale do Anhangabaú (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

Durante a manhã, lideranças das centrais revezaram-se ao microfone, destrinchando suas 15 pautas de luta, enquanto o público chegava, aos poucos, e se acomodava no local, agitando bandeiras. Recordando a sequência de retrocessos que marcaram os últimos quatro anos do Brasil, os representantes dos trabalhadores destacaram como reivindicações a valorização do salário mínimo e dos servidores públicos, o fim dos juros elevados, o fortalecimento da negociação coletiva e da democracia, a geração de emprego e renda, a ampliação de direitos a todos, aposentadoria digna e a promoção da igualdade de gênero no mercado de trabalho. 

Outra bandeira do movimento é a defesa da Convenção 156 da Organização Internacional do Trabalho (OIT). O dispositivo tem como meta fomentar políticas que igualem homens e mulheres, tanto em termos de oportunidades oferecidas quanto de tratamento, tendo em vista que uma série de responsabilidades, como tarefas domésticas e o cuidado dos filhos, é atribuída com maior peso às mulheres, o que as afeta profissionalmente.

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Esse foi um aspecto abordado por diversas líderes mulheres que dividiram o palco, no início do ato, e chamaram atenção para o fato de que, na maioria das vezes, são as mulheres que desempenham o papel de cuidadora. “Se temos um parente doente, somos nós que cuidamos. Se temos filhos, somos nós que cuidamos. E, se temos sogro e sogra, somos nós que cuidamos”, declarou a diretora Maricler Real, da Pública Central do Servidor.

A presidente do Sindicato dos Empregados em Postos de Serviços de Combustíveis e Derivados de Petróleo de Guarulhos e Região, Telma Cardia, complementou a fala da diretora, afirmando que a pandemia de covid-19 atingiu, sobretudo, as trabalhadoras. 

“Nós, mulheres, fomos mais prejudicadas”, declarou. “Precisamos de mais emprego e salário digno. Nós ainda temos uma carga de trabalho mais elevada.”

Centrais Sindicais protestam contra juros altos em frente ao prédio do Banco Central, na Avenida Paulista (Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil)

Os trabalhadores negros se viram representadas na fala de Simone Nascimento. “A princesa Isabel assinou a Lei Áurea, mas não assinou a carteira de trabalho”, disse ela, lembrando a precarização que atinge mais gravemente essa parcela da população.

Outros princípios que norteiam a articulação deste ano são a regulamentação do trabalho por aplicativos, a defesa de empresas públicas, a revogação do novo ensino médio e de medidas que modificaram a legislação dos trabalhadores, como a reforma trabalhista. Também faz parte da pauta o desenvolvimento sustentável.

A programação do ato inclui ainda a participação de diversos artistas, como Zé Geraldo, o primeiro a se apresentar, por volta das 11h. Mais tarde, devem subir ao palco Leci Brandão, Toninho Geraes e Almirzinho, Dexter, Edi Rock, MC Sofia, Ilú Obá de Min, Arnaldo Tifu, DJ Cranmarry, Samantha Schmütz & Gêmeos, da série Sintonia. 

Fonte: Agência Brasil

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