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Eliza Virgínia se complica em depoimento à Polícia Federal sobre os atos golpistas de 8/1
Termômetro da Política
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Eliza Virgínia disse em depoimento à Polícia Federal que “quis dizer que as pessoas, desde o término das eleições, estavam na frente dos quartéis, e que ninguém resolveu a situação” (Foto: Divulgação/CMJP)

A vereadora Eliza Virgínia (PP) se complicou no depoimento prestado à Polícia Federal (PF) sobre suposta participação nos atos golpistas de 8 de janeiro. O relatório produzido pela PF com as oitivas de políticos paraibanos de extrema-direita que supostamente teriam fomentado o movimento antidemocrático foi enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Além da defesa de Eliza, o documento contém a íntegra dos depoimentos do radialista Nilvan Ferreira (PL), deputado estadual Wallber Virgolino (PL), deputado federal Cabo Gilberto (PL), e da suplente de deputado federal Pâmela Bório (PSC).

Entre os depoentes, foi comum o movimento de se esquivar das acusações, apesar das provas por meio de prints das redes sociais digitais dos envolvidos que comprovam na maioria dos casos o fomento aos atos golpistas.

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Diferentemente do deputado federal Cabo Gilberto, que optou por usar seu direito de permanecer em silêncio e não produzir provas contra si, a vereadora de João Pessoa só piorou a situação na qual está envolvida.

Questionada sobre o que queria dizer quando publicou a frase “Isso é o resultado de esticar a corda!! Nem todo mundo aguenta injustiças quieto! o povo no congresso protestando!”, a vereadora afirmou em depoimento que “quis dizer que as pessoas, desde o término das eleições, estavam na frente dos quartéis, e que ninguém resolveu a situação”; disse ainda que “depois de ficarem mais de 2 meses em frente aos quartéis, sem nenhuma medida tomada de qualquer das partes, as pessoas resolveram fazer um ato desesperado”; e que “quis dizer com ‘injustiças’ a não solução do caso, a não respostas concretas”.

O que a vereadora esqueceu e mais adiante no depoimento tentou remendar foi que não havia “situação” a ser resolvida. O movimento se configurava como golpista desde o fim das eleições, quando as calçadas dos quartéis foram ocupadas por manifestantes inconformados com o resultado democrático.

Ainda no começo do depoimento, quando diz que “depois de ficarem mais de 2 meses em frente aos quartéis, sem nenhuma medida tomada de qualquer das partes, as pessoas resolveram fazer um ato desesperado”, ela insinua que algo deveria ter sido feito e corrobora com o que chama de “ato desesperado”.

Agora, o ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, deve determinar que a Procuradoria da República se pronuncie. Os investigados poderão ser criminalmente denunciados

A representação criminal contra os políticos paraibanos de extrema-direita foi assinada pelo advogado Olímpio Rocha (Psol) e protocolada pelo Psol da Paraíba junto ao STF.

Confira a íntegra do depoimento da vereadora
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