Em postagem na rede social digital Instagram, a ex-prefeita de Conde, Márcia Lucena (PT), denuncia o gasto de R$ 10 milhões em seis meses da atual gestão, liderada pela prefeita Karla Pimentel (PROS), e questiona: “Quais benefícios foram entregues?”. Para Márcia, investimentos são necessários quando eles têm reflexos positivos na vida das pessoas, o que não vem a este caso, já que, segundo a ex-gestora, as áreas da educação, saúde e mobilidade urbana estão defasadas em Conde, município localizado no Litoral Sul da Paraíba, a cerca de 21km de João Pessoa. “Investir sem planejamento, monitoramento, é prevaricação, é usar mal o dinheiro público. Isso que me chamou atenção”, disse.
A reportagem entrou em contato com a atual prefeita de Conde, Karla Pimentel, mas as ligações não foram atendidas. O secretário de Comunicação, Allysson Campelo, foi procurado e respondeu ao primeiro contato, mas ao ser questionado sobre a denúncia da ex-prefeita, não deu qualquer esclarecimento.
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Segundo Márcia, sua gestão deixou R$ 43 milhões nos cofres da cidade. O “sumiço” de R$ 10 milhões em seis meses lhe chamou atenção, já que considera uma falta de cuidado, por meio da atual gestão, com a população. “Investir 10 milhões em 6 meses em um município cheio de necessidades como o Conde, não é o problema. O problema é o reflexo desse ‘investimento’ na vida das pessoas”, disse.
De acordo com a ex-prefeita, as reclamações da população são constantes. Na educação, sobre a alimentação e o transporte escolar; na saúde, faltam profissionais e medicamentos. A política de mobilidade urbana que havia sido implantada na sua gestão foi “absolutamente destruída”, disse.
“O centro que foi requalificado está um caos e a cidade que foi duplamente premiada por ter se tornado uma cidade caminhante, tem hoje carros em áreas que não deveriam trafegar e estacionamentos em áreas de caminhantes, interrompendo um processo de educação de trânsito e de mobilidade humana iniciado em nossa gestão”, afirmou.
Márcia questiona onde a verba pública foi aplicada. E afirma que um investimento sem planejamento é prevaricação. “Se olharmos para todas as políticas públicas vemos a falta de cuidado e de entrega a população. Então, para onde foi esse investimento?”, finalizou.
