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Justiça mantém condenação de Fábio Tyrone por improbidade administrativa
Termômetro da Política
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O prefeito do município de Sousa, Fábio Tyrone (PSB), acaba de receber mais uma condenação pela Justiça paraibana. A Segunda Câmara Cível do Tribunal de Justiça da Paraíba manteve o réu condenado por ato de improbidade administrativa em razão de ter nomeado a madrasta para o cargo de diretora administrativa, lotada na Secretaria de Esporte e Lazer. Tyrone também já foi condenado à prisão e responde em liberdade por violência contra mulher.

De acordo com a sentença, o gestor do município localizado no Sertão da Paraíba foi condenado ao pagamento de multa civil no valor equivalente a três vezes da sua última remuneração no exercício do cargo de prefeito.

Prefeito (foto) alegou que a nomeação da madrasta foi indicação do secretário de Esporte e Lazer; relator confirma ato de improbidade (Foto: Reprodução/Instagram)

Ao recorrer, o prefeito alegou que a nomeação da companheira do seu pai foi indicação do secretário municipal de Esporte e Lazer, sendo que a mesma desenvolvia regularmente suas funções no âmbito da Secretaria e que não tinha vínculo de subordinação com o gestor. Aduziu, ainda, que não houve dolo na nomeação, ante a ausência de parentesco e de hierarquia, bem como não houve dano ao erário, de enriquecimento ilícito ou de ofensa aos princípios da Administração Pública.

Segundo o relator do processo, é fato incontroverso que o prefeito efetivamente realizou a nomeação de sua madrasta para o cargo de diretora administrativa do quadro de provimento em comissão da Secretaria de Esporte e Lazer, conforme Portaria nº 024//2017/PMS-GAB, de 16/01/217, exonerando-a do cargo, conforme Portaria nº 293/2017/PMS-GAB, de 01/11/2017, após ser notificado pelo Ministério Público.

“Apesar da alegação de que a nomeação foi indicação pessoal do secretário de Esporte e Lazer, o apelante assinou a portaria de nomeação e após a instauração do Procedimento Administrativo do Ministério Público exonerou a servidora”, frisou o relator, acrescentando que restou comprovado o ato de improbidade administrativa praticado pelo prefeito municipal de Sousa, ao nomear parente para um cargo comissionado, conduta que viola diversos princípios orientadores da Administração Pública.

O caso foi julgado pela Segunda Câmara Cível do Tribunal de Justiça, que manteve sentença oriunda da 5ª Vara Mista de Sousa. O processo nº 0801510-14.2019.8.15.0371 teve como relator o juiz convocado Aluízio Bezerra Filho.

Com informações do TJPB

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