Cultura -
Obra clássica de Hannah Arendt é relançada em evento com bate-papo entre tradutora e revisor técnico
Termômetro da Política
Compartilhe:

Clássico na literatura política, o livro “Crises da república”, de Hannah Arendt, acaba de ganhar uma nova edição. Na quinta-feira (1), a Livraria Megafauna, em São Paulo, recebe o evento de lançamento do livro, publicado pelo selo Crítica da Editora Planeta. O professor Diego Ferracini mediará um bate-papo entre a tradutora Adriana Novaes e o revisor técnico da nova edição da obra, Adriano Correia.

Hannah Arendt é considerada uma das maiores filósofas do século 20 (Foto: Fred Stein/Reprodução)

Considerada uma das maiores filósofas do século 20, Hannah Arendt se tornou tornou referência nos estudos relacionados à política e regimes totalitários, além de ter influenciado as obras de grandes nomes como Jürgen Habermas, Maurice Merleau-Ponty e Quentin Skinner.

Veja também
8 livros para entender a conjuntura política do Brasil

Saiba mais sobre o livro

Para Hannah Arendt, filósofa alemã de origem judaica, um dos elementos centrais da vida humana é o fato político, conceito que define a necessidade que uma sociedade institucionalizada por um poder normativo e coercitivo tem de impor regras e utilizar a força de forma disciplinadora. Este pensamento é o que norteia os três ensaios e uma entrevista concedida por Arendt reunidos na obra “Crises da república”, que chega às livrarias brasileiras em nova edição e revisão técnica pelo selo Crítica da Editora Planeta.

Publicado originalmente em 1972, os textos que compõem o livro foram escritos entre 1968 e 1971, época que ficou marcada pelas lutas por direitos civis, pela Guerra do Vietnã e a efervescência dos movimentos estudantis. Naquele momento, os episódios abalaram as fundações das instituições norte-americanas e impactaram de maneira significativa e irreversível todo o restante do mundo. Atravessada pelos acontecimentos que marcaram o século, Hannah Arendt se debruçou para examinar detalhadamente a distorção da política pela imagem.

Segundo Arendt, o conceito de poder é diferente de violência, assim como a desobediência civil é um direito dos cidadãos. “Somos livres para mudar o mundo e começar algo novo nele. Sem a liberdade mental para negar ou afirmar a existência, para dizer ‘sim’ ou ‘não’ – não apenas a afirmações ou proposições para expressar concordância ou discordância, mas também às coisas como elas são dadas, para além da concordância ou discordância, a nossos órgãos de percepção e cognição –, nenhuma ação seria possível; e ação, é claro, é a verdadeira matéria de que é feita a política.”, escreve a filósofa.

À frente de seu tempo, em Crises da república, Hannah Arendt debate questões políticas latentes para época em que viveu, mas que também estão intrinsecamente conectadas com a conjuntura política contemporânea. Ainda que não se considerasse uma filósofa, mesmo tendo estudado Filosofia, a pensadora se tornou referência nos estudos relacionados à política e regimes totalitários, além de ter influenciado as obras de grandes nomes como Jürgen Habermas, Maurice Merleau-Ponty e Quentin Skinner.

Serviço

Lançamento do livro “Crises da república” com bate-papo entre Adriana Novaes e Adriano Correia com mediação de Diego Ferracini

Dia 01 de fevereiro, a partir das 19h

Livraria Megafauna

Endereço: Av. Ipiranga, 200 – loja 53 – República, São Paulo – SP, 01046-010

Fonte: Assessoria de imprensa

Compartilhe: