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Apagões em São Paulo serão investigados; Enel pode ter contrato cancelado
Termômetro da Política
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O Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, anunciou a instauração de um processo administrativo para examinar as deficiências e infrações cometidas pela empresa Enel em relação aos seus deveres contratuais e prestação de serviços em São Paulo. Essa medida visa apurar eventuais irregularidades e garantir a transparência e responsabilidade no setor energético. Em carta enviada à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o ministro cita a possibilidade de cancelamento de contrato por falhas na prestação do serviço.

Alexandre Silveira cita a possibilidade de cancelamento de contrato por falhas na prestação do serviço (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)

“O processo será feito com maior rigor, garantindo a ampla defesa, podendo acarretar, inclusive, a caducidade. Trabalhamos com afinco para garantir à população, a qualidade dos serviços de energia”, postou o ministro em seu perfil na rede social X, antigo Twitter.

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No último dia 22, a Justiça de São Paulo condenou a Enel a indenizar clientes que ficaram longos períodos sem energia durante um apagão após as fortes chuvas na região metropolitana de São Paulo, em novembro de 2023.

Em três casos, a empresa alegou que a interrupção foi provocada pelas chuvas, mas os juízes decidiram que cabe danos morais de R$ 5 mil pela demora em restabelecer o serviço.

Além dessas ações, a Enel também foi multada pela Aneel em R$ 165,8 milhões pelo mesmo apagão. Na ocasião, cerca de 2,1 milhões de pessoas ficaram sem luz, com o fornecimento de energia levando uma semana para ser normalizado.

Segundo o auto de infração, a Enel não prestou serviços de forma adequada. A companhia só acionou significativamente as equipes de manutenção – próprias e terceirizadas – em 6 de novembro, três dias após o temporal que derrubou árvores e comprometeu o abastecimento em diversas áreas da capital paulista e dos arredores.

Fonte: Agência Brasil

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