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De olho nos investimentos: ações das construtoras Moura Dubeux (MDNE3) e Cyrela (CYRE3) caem mesmo com aumento nas vendas
Termômetro da Política
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A construtora Cyrela (CYRE3) registrou um crescimento expressivo de mais de 30% nas vendas durante o primeiro trimestre deste ano. No entanto, esse aumento não foi suficiente para evitar a queda das ações da empresa. Por volta das 10h50 desta quinta-feira (11), os papéis da Cyrela apresentavam queda, sendo cotados a R$ 23,54. De forma semelhante, a Moura Dubeux (MDNE3), que também divulgou alta em seus resultados operacionais para o período de janeiro a março, enfrentou uma variação negativa em suas ações, com preços negociados a R$ 13,70.

Projeto de empreendimento da construtora Moura Dubeux em João Pessoa (Imagem: Divulgação/Moura Dubeux)

As vendas líquidas da Cyrela no primeiro trimestre somaram R$ 2,147 bilhões, 39% acima do valor registrado em igual período do ano passado e um recuo de 17% em relação ao quarto trimestre. A maior parte das vendas se refere ao estoque em construção (50%) e lançamentos (42%). Com isso, a velocidade de vendas (VSO) de lançamentos chegou a 53% no trimestre.

Na avaliação dos analistas do Itaú BBA, os dados operacionais da Cyrela foram “ligeiramente” positivos. A avaliação é que a queda em relação ao quarto trimestre se deu por fatores sazonais.

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“A duração dos estoques diminuiu para 12,4 meses de vendas, o menor nível desde o segundo trimestre de 2021. Isso reforça a posição confortável da empresa para ampliar lançamentos e negociar condições de vendas”, avaliaram os analistas.

Os resultados também foram avaliados como positivos pelo Bradesco BBI, também destacando a redução dos estoques.

“Ao todo, a Cyrela vendeu mais do que lançou no primeiro trimestre de 2024 e reduziu seu nível de estoque, o que reforça nossa visão sobre a capacidade da empresa de lançar mais do que as expectativas do mercado de R$ 6 bilhões a R$ 7 bilhões no ano fiscal de 2024”, segundo comentário enviado a clientes.

Moura Dubeux

A construtora Moura Dubeux reportou que as vendas líquidas totalizaram R$ 372 milhões no primeiro trimestre de 2024, alta de 14% em relação ao primeiro trimestre do ano passado e uma redução de 6,3% em relação ao quarto trimestre de 2023. a duração do estoque ficou estável em 14 meses.

Os analistas do Itaú BBA viram o desempenho como “ligeiramente positivo”, destacando o aumento dos lançamentos em 40% na comparação anual.

“É bem-vinda a maior participação dos empreendimentos condominiais tanto nos números de lançamentos quanto de vendas, pois esta divisão proporciona menor risco e maiores margens para a empresa”, avaliaram sobre os resultados.

Para o Itaú BBA, os dados operacionais reforçam a estabilidade do mercado e a liquidez consistente dos projetos da empresa.

Fonte: InfoMoney

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