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Guterres teme conflito devastador e de grande escala no Oriente Médio
Termômetro da Política
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Na reunião de emergência do Conselho de Segurança da da Organização das Nações Unidas (ONU), convocada por Israel nesse domingo (14) para discutir o ataque iraniano ocorrido no dia anterior, o secretário-geral da ONU, António Guterres, alertou que a população do Oriente Médio está enfrentando um perigo real de um conflito devastador em grande escala. Ele enfatizou a necessidade de máxima contenção e declarou que “é hora de recuar do abismo”.

Guterres enfatiza que é vital evitar qualquer ação que possa levar a grandes confrontos militares em várias frentes no Oriente Médio (Foto: Mark Garten/ONU)

Guterres ressaltou que os civis já estão sofrendo as consequências e pagando o preço mais alto. Ele enfatizou que é vital evitar qualquer ação que possa levar a grandes confrontos militares em várias frentes no Oriente Médio. O líder da ONU também destacou que a paz e a segurança regionais, bem como globais, estão sendo minadas, e que tanto a região quanto o mundo não podem permitir mais guerras. Guterres lembrou que o direito internacional proíbe ações de retaliação que envolvam o uso da força.

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Seu apelo se dirige tanto ao Irã, que justificou o ataque de sábado como uma retaliação ao bombardeio de seu consulado em Damasco, quanto a Israel, que afirmou ter o direito de responder aos ataques iranianos. Em seu pronunciamento perante o corpo diplomático, Guterres insistiu na responsabilidade comum da comunidade internacional para evitar uma escalada entre o Irã e Israel, alcançar um cessar-fogo em Gaza, garantir a libertação dos reféns detidos pelo grupo islâmico Hamas e prevenir uma deterioração da situação na Cisjordânia.

Representantes do Irã, Israel e Síria foram convidados para a sessão de emergência. O embaixador israelense na ONU, Gilad Erdan, afirmou que o Irã representa um grave perigo para a segurança mundial e que este é o momento de conter as “perigosas ambições” iranianas. Ele também pediu que o Conselho condene veementemente o ataque e tome medidas contra o Irã, incluindo a designação do Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica como organização terrorista e a imposição de sanções.

O ataque iraniano, realizado na noite de sábado e madrugada de domingo, utilizou mais de 200 drones, mísseis de cruzeiro e balísticos, a maioria dos quais foi interceptada pelo Exército israelense. Esse ataque ocorreu após o bombardeio ao consulado iraniano em Damasco, em 1º de abril, que resultou na morte de sete membros da Guarda Revolucionária e seis cidadãos sírios, aumentando as tensões entre Teerã e Tel Aviv, já marcadas nos últimos tempos pela ofensiva de Israel na Faixa de Gaza.

Fonte: Agência Brasil

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