A cantora Lady Gaga se manifestou após a revelação de um plano de ataque frustrado que teria como alvo seu megashow gratuito no último sábado (3), na Praia de Copacabana, no Rio de Janeiro. Segundo a Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro, um grupo extremista que incita ódio nas redes sociais planejava usar explosivos caseiros em um ataque direcionado principalmente à comunidade LGBTQI+. O show, que reuniu mais de 2 milhões de pessoas – tornando-se o maior da carreira da artista e o recorde de público para uma cantora solo na história –, ocorreu sem incidentes, mas o episódio deixou a artista “consternada”.
Em um post nas redes sociais, Gaga afirmou: “A música deve ser um refúgio, não um alvo de ódio. Meu coração está com todos que se sentiram vulneráveis ou assustados. Seguiremos lutando juntos por amor e igualdade.” Ela ainda agradeceu ao trabalho da polícia brasileira e reforçou seu compromisso com a inclusão e a liberdade de expressão.
Segundo investigações, os suspeitos – identificados como recrutadores de ataques virtuais – planejavam usar coquetéis molotov e explosivos improvisados para ganhar notoriedade online. A polícia prendeu dois envolvidos: um suposto líder (cuja identidade não foi revelada) e um adolescente. O caso foi mantido em sigilo durante o evento para evitar pânico.
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Nesta segunda-feira, um tribunal do Rio Grande do Sul decretou prisão preventiva para o principal suspeito, que já tinha passagem pela polícia. Ele foi encontrado com três armas e, após pagar fiança, foi preso novamente por não comparecer a uma audiência. A juíza Fabiana Pagel, responsável pelo caso, destacou em seu despacho a necessidade de combater discursos de ódio para construir uma sociedade “mais justa e democrática”.
A equipe de Gaga afirmou que a cantora soube do atentado apenas após o show, através da mídia. “Antes e durante o evento, não houve qualquer alerta das autoridades sobre riscos. Trabalhamos em total colaboração com a polícia, e todas as medidas de segurança foram seguidas”, disse um porta-voz ao portal The Hollywood Reporter.
Traduzido e adaptado do El País.
