Em forte tom de crítica, o ex-presidenciável Ciro Gomes (PDT) saiu em defesa de Carlos Lupi, ex-ministro da Previdência e presidente licenciado do partido, nesta terça-feira (6). O pedetista não poupou críticas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pela escolha de Wolney Queiroz para o comando da pasta e pela forma como tratou Lupi após as denúncias de irregularidades no INSS.
Ciro responsabilizou não apenas Lula – de quem foi ministro entre 2003 e 2006 –, mas também os ex-presidentes Michel Temer (MDB) e Jair Bolsonaro (PL) pelos problemas que levaram à “farra do INSS”. Ele cobrou que as investigações da Polícia Federal (PF) e da Controladoria-Geral da União (CGU) sejam aprofundadas e que os responsáveis pelos desvios sejam punidos.
O ex-candidato à Presidência elogiou Lupi, chamando-o de “homem sério”, e acusou Lula de tê-lo “fritado” politicamente após as revelações de fraudes bilionárias no INSS. Lupi renunciou ao cargo na última sexta-feira (2), dias depois da operação que expôs o esquema e levou à saída do então presidente do INSS, Alessandro Stefanutto.
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Ciro também criticou a indicação de Wolney Queiroz, escolhido por Lula para assumir a Previdência, sugerindo que a nomeação não resolve os problemas estruturais do órgão.
Ao final, Ciro expressou constrangimento com a situação, afirmando estar “morto de vergonha” com o escândalo que envolve descontos indevidos de aposentados e pensionistas. Suas declarações reforçam a tensão entre o PDT e o governo federal, após a bancada do partido na Câmara anunciar o fim do alinhamento automático com o Planalto.
Com informações da CNN.