O renomado médium e líder espírita Divaldo Pereira Franco faleceu na noite desta terça-feira (13), aos 98 anos, em sua residência na Mansão do Caminho, no bairro Pau da Lima, em Salvador. A causa mortis foi falência múltipla de órgãos, complicação decorrente do câncer na bexiga que tratava desde novembro do ano passado. O óbito foi registrado às 21h45, durante atendimento domiciliar.
Conforme determinação do próprio médium, as homenagens póstumas serão realizadas de forma simples: o corpo estará disponível para visitação pública nesta quarta-feira (14), das 9h às 20h, no ginásio de esportes da Mansão do Caminho. O caixão permanecerá fechado e não haverá cortejo fúnebre. O sepultamento ocorrerá na quinta-feira (15), às 10h, no Cemitério Bosque da Paz.
Natural de Feira de Santana, interior da Bahia, Divaldo Franco dedicou mais de sete décadas ao espiritismo e ao trabalho social. Em 1952, fundou a Mansão do Caminho, instituição que se tornou referência nacional no acolhimento de crianças carentes e oferece educação, formação profissional e assistência médica. O sustento da obra sempre veio da venda de seus mais de 250 livros – muitos psicografados – e gravações de palestras.
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O diagnóstico de câncer na bexiga foi confirmado em novembro passado, durante internação no Hospital São Rafael. O tratamento incluiu 20 sessões de radioterapia no Hospital Santa Izabel, associadas a quimioterapia em baixas dosagens. Em fevereiro, nova internação para tratar infecção urinária. Até o fim, manteve acompanhamento com equipe multidisciplinar.
Nascido em 5 de maio de 1927, caçula entre 12 irmãos, Divaldo manifestou mediunidade na infância, enfrentando incompreensão familiar. Sua biografia oficial relata que aos 7 anos sofria com visões e perseguição de um espírito obsessor. A aceitação do dom mediúnico veio após intervenção de uma médium durante grave doença na adolescência.
Considerado uma das maiores autoridades espíritas do país, Divaldo não teve filhos biológicos, mas era chamado de “pai” por 685 pessoas que acolheu e educou na Mansão do Caminho. Em 2015, teve sua vida retratada na biografia escrita pela jornalista Ana Landi.
Sobre o câncer de bexiga
Conforme o INCA, esse tipo de tumor é mais comum em homens idosos e brancos. O tabagismo triplica os riscos. Os principais sintomas incluem hematúria (sangue na urina), disúria (dor ao urinar) e urgência miccional. O tratamento varia conforme estágio, podendo incluir cirurgia, radioterapia e quimioterapia.
Com informações do portal g1.
