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Quaquá lança candidatura à presidência do PT nacional e cobra espaços na chapa majoritária do RJ em 2026
Termômetro da Política
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Uma multidão lotou o Circo Voador na noite dessa terça-feira (13) para o ato de lançamento das candidaturas de Washington Quaquá, seu filho Diego e Alberes Lima às presidências nacional, estadual (RJ) e municipal (Rio de Janeiro) do PT, respectivamente. Em seu discurso, o prefeito de Maricá fez dois anúncios políticos relevantes: caso seu filho Diego vença a disputa pela presidência estadual do partido, ele defenderá que o PT indique o ex-prefeito de Maricá, Fabiano Horta, como vice na chapa de Eduardo Paes ao governo do Rio em 2026. Além disso, Quaquá manifestou apoio público à candidatura de Alessandro Molon (PSB) a uma das vagas ao Senado Federal.

Quaquá (centro) ao lado de Diego Zeidan em ato no Circo Voador (Foto: Alex Ferro/Divulgação)

“Adoro a Benedita, mas acho que o Lula deveria oferecer uma embaixada para ela. O candidato da esquerda com chances reais de vencer para o Senado é o Molon. Ele é um católico moderado, capaz de construir uma candidatura consistente com amplo arco de apoio”, afirmou Quaquá.

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O lançamento contou com a presença de lideranças políticas como o presidente estadual do PT e vice-prefeito de Maricá, Joãozinho; o ex-vice-prefeito do Rio, Adilson Pires; o ex-ministro Celso Pansera, atual presidente da Finep; o deputado federal Dimas Gadelha; o vereador Felipe Pires, líder da bancada do PT no Rio; os deputados estaduais Zeidan e Renato Machado; além de secretários municipais, vereadores de Maricá e lideranças sindicais e de movimentos sociais.

Os três candidatos compartilham um objetivo comum: reconectar o PT com suas origens populares. Para Quaquá, militante do partido desde os 14 anos e agora candidato à presidência nacional, o caminho é claro.

“Temos aqui no Circo Voador e na Lapa cerca de 10 mil pessoas. É bom que o PT veja o que está acontecendo no Rio. Não adianta burocrata criado atrás de mesa achar normal o partido ter poucos filiados. Foi aqui que o Mano Brown disse que o PT precisava voltar para a periferia. E é isso que fazemos: estar onde o povo está. O PT não pode ser um partido de engomadinhos da Paulista ou de Ipanema. Política é para botar comida na mesa do povo, dar emprego, dar crédito para quem vende latinha. É isso que iremos fazer.”

Quaquá também ressaltou a missão do partido para 2026: a reeleição do presidente Lula. “Estou e estarei com o Lula. E vamos reelegê-lo, não para o PT, mas para o povo brasileiro.”

Diego reforçou o tom e disse que sua candidatura representa o desejo de devolver ao PT do Rio sua vocação popular e histórica.

“A gente vive uma luta histórica. Como dizia Darcy Ribeiro, nunca deixamos de ser um engenho colonial. Nosso papel é construir um projeto de nação que una trabalhadores do campo, da cidade, pescadores, formais e informais. Um projeto de desenvolvimento, com prato cheio e dignidade para o trabalhador. É fazer o que o Lula fez no primeiro mandato. Precisamos olhar para quem mais precisa: comida, moradia, emprego e dignidade”, declarou Diego.

Candidato à presidência do PT municipal, Alberes Lima defende recuperar o protagonismo do partido na capital. “A CNB Favela tem essa cara de estar com o povo nas comunidades. Precisamos voltar às origens. Não temos que abrir mão das nossas bandeiras históricas, mas o povo da favela está passando fome. É para ele que precisamos olhar agora. Quero dar esse novo olhar ao PT-Rio”, completou.

Festa na Lapa

O ato, que deixou milhares do lado de fora do Circo por conta da lotação, contou com apresentações culturais de artistas de Maricá e de todo o estado. Subiram ao palco do lendário Circo Voador a escola de samba União de Maricá, os MCs Meia Noite, Sargento e Da Sorte, além das grandes atrações da noite: Moacyr Luz e Samba do Trabalhador, e Neguinho da Beija-Flor.

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