A comissão parlamentar de inquérito (CPI) que apura as atividades das casas de apostas on-line no Brasil, conhecidas como bets, ainda deve tomar os depoimentos de mais influenciadores digitais. Isso ocorre após Virginia Fonseca, que possui 55 milhões de seguidores apenas no Instagram, ter prestado depoimento nessa terça-feira (13). Hoje (14) é a vez do influenciador Ricardo Melquíades, vencedor do reality show A Fazenda e conhecido como Rico Melquíades, depor na CPI das Bets.
Assim como Virginia, ele recebeu autorização do Supremo Tribunal Federal (STF) para permanecer em silêncio em questões que possam incriminá-lo. No entanto, a convocação (que implica obrigatoriedade de comparecimento) foi mantida, já que ele está na condição de testemunha, e não de investigado.
O depoimento da ex-BBB Adélia de Jesus, uma das advogadas da influenciadora Deolane Bezerra, também estava previsto para esta quarta. Ela havia se recusado a comparecer à CPI anteriormente e seria levada coercitivamente ao colegiado, mas recebeu um habeas corpus do STF na segunda-feira, 12, que a dispensou de comparecer. Adélia já havia prestado depoimento uma vez, por videochamada, à CPI das Bets, mas os senadores querem ouvi-la novamente sobre sua relação com a empresa Playflow Processadora de Pagamentos.
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A CPI já aprovou a convocação e o convite de outros influenciadores, muitos dos quais ainda não tiveram suas audiências marcadas, mesmo com o prazo da investigação se encerrando em meados de junho. Entre eles estão:
A maioria dessas convocações e convites foi aprovada no início da comissão, em novembro do ano passado. O agendamento das oitivas pode ocorrer a qualquer momento durante as investigações. No caso de Virginia Fonseca, por exemplo, a convocação foi aprovada em 2024, mas sua audiência só foi marcada no começo de maio deste ano.
A CPI das Bets foi instaurada em novembro de 2024 e teve seu prazo prorrogado até meados de junho de 2025. Seu objetivo é investigar o crescimento da influência das apostas online, possíveis casos de lavagem de dinheiro por organizações criminosas e o papel dos influenciadores digitais na divulgação desses serviços.
Com informações da Veja.