Entre a última quinta (15) e esta sexta-feira (16), a Câmara dos Deputados recebeu quatro propostas legislativas sobre os bonecos hiper-realistas conhecidos como bebês reborn. Dois projetos são de autoria de parlamentares do PL e outros dois do União Brasil. O tema ganhou destaque nas redes sociais recentemente, impulsionado por publicações de donos desses bonecos.
A primeira proposta, apresentada por Zacharias Calil (União-GO), estabelece multa de até 20 salários mínimos para quem utilizar os bonecos para obter prioridades ou benefícios destinados a pais de bebês reais.
Rosângela Moro (União-SP) propõe ações de atenção psicossocial para pessoas que desenvolvem vínculos emocionais intensos com os bebês reborn. O Delegado Paulo Bilynskyj (PL-SP) apresentou projeto que proíbe o atendimento a esses bonecos em unidades de saúde públicas e privadas, incluindo as conveniadas ao SUS, com penalidades que vão desde demissão até multa de R$ 50 mil para profissionais infratores.
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Zé Trovão (PL-SC) apresentou proposta semelhante, vetando o uso de serviços públicos de saúde, educação e transporte para os bonecos. A infração acarretaria advertência formal e, em caso de reincidência, multa de R$ 1 mil.
O debate também ganhou força em esferas locais. No Rio de Janeiro, vereadores aprovaram em 7 de maio projeto que institui o “Dia da Cegonha Reborn”, homenageando as artesãs que fabricam os bonecos. O autor, Vitor Hugo (MDB), justificou que o nascimento de um bebê reborn seria tão especial quanto o de uma criança real, comparando o processo ao trabalho de uma cegonha.
Com informações da Carta Capital.