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Eleições em Portugal são marcadas por virada à direita
Termômetro da Política
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As eleições legislativas realizadas neste domingo (18) em Portugal confirmaram uma mudança no cenário político do país, com o crescimento da centro-direita e da ultradireita. Com 99% das urnas apuradas, 226 das 230 cadeiras da Assembleia da República já foram definidas, segundo dados do Ministério da Administração Interna português.

Apesar da vitória matemática, o resultado não elege Luís Montenegro automaticamente (Foto: Reprodução/CNN)

A Aliança Democrática (AD), coligação de centro-direita, sagrou-se vencedora com 86 assentos – nove a mais que os 77 conquistados nas eleições de março de 2024. Apesar da vitória com 32% dos votos válidos, a AD não alcançou a maioria absoluta, que exigiria 116 cadeiras.

Crescimento da ultradireita

O partido de ultradireita Chega emergiu como grande surpresa ao conquistar 58 cadeiras, oito a mais que na última eleição, empatando tecnicamente com o Partido Socialista (PS), que viu sua bancada reduzir de 78 para 58 assentos.

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André Ventura, líder do Chega, comemorou o resultado como “histórico”, declarando à imprensa que marcaria o fim do “bipartidarismo” em Portugal.

Processo de formação de governo

Luís Montenegro, ex-primeiro-ministro derrubado em março deste ano e candidato da AD, não está automaticamente eleito. Para retornar ao cargo, precisa ser nomeado pelo presidente Marcelo Rebelo de Sousa após consulta aos partidos com representação parlamentar.

Até as 22h25 (horário local), a participação eleitoral foi de 64,38%, com 5.965.322 votos contabilizados.

A AD havia vencido as eleições de março de 2024 com 28,02% dos votos, superando os socialistas (28%). No entanto, o governo de Montenegro perdeu o voto de confiança um ano depois, quando a oposição questionou sua integridade em negociações envolvendo a consultoria de sua família.

Com informações da CNN.

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