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Policial da Core é morto durante operação na Cidade de Deus
Termômetro da Política
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Um intenso tiroteio durante uma operação conjunta da Polícia Civil do Rio de Janeiro e do Instituto Estadual do Ambiente (Inea) resultou na morte do policial José Antônio Lourenço, da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), na Cidade de Deus, Zona Oeste do Rio, nesta segunda-feira (19). A ação visava combater a fabricação e venda de sacos de gelo contaminados para estabelecimentos nas praias da Barra e Recreio.

Caveirão percorre ruas da Cidade de Deus (Foto: Reprodução)

Por volta do meio-dia, o confronto levou ao bloqueio da pista da Linha Amarela, sentido Fundão, além da alça de acesso à via expressa, onde criminosos incendiaram barricadas. Até o início da tarde, 19 linhas de ônibus tiveram seus itinerários alterados, segundo informou a Rio Ônibus, que destacou ser este o quinto episódio de violência a afetar o transporte público apenas em maio.

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Cenas de tensão no bairro

O tiroteio provocou pânico entre moradores da Cidade de Deus. Crianças de uma escola local precisaram se proteger no chão dos corredores, enquanto as ruas do bairro ficaram desertas durante o confronto. O policial José Antônio Lourenço, atual diretor jurídico do sindicato de policiais civis e ex-subsecretário de Ordem Pública do município, foi socorrido para o Hospital Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca, mas não resistiu aos ferimentos.

Operação contra gelo contaminado

A ação desta segunda-feira deu continuidade a uma investigação iniciada em fevereiro, quando laudos periciais constataram a presença de coliformes fecais no gelo vendido para quiosques e bares da orla. Na ocasião, quatro caminhões carregados com gelo de procedência duvidosa foram apreendidos a caminho das praias da Zona Oeste.

Nesta nova fase, agentes do Inea, da Delegacia do Consumidor e da Delegacia do Meio Ambiente cumpriram 10 mandados de busca e apreensão. A polícia também verifica irregularidades no consumo de água e energia elétrica, além de possíveis crimes ambientais e contra o consumidor.

Testes realizados pela Cedae em fevereiro confirmaram que pelo menos uma fábrica na Cidade de Deus comercializava gelo contaminado por coliformes fecais e outras substâncias prejudiciais à saúde. A operação continua em andamento para localizar os responsáveis pela morte do policial e desarticular a rede de fabricação e distribuição do produto impróprio para consumo.

Com informações do portal g1.

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