O que pensa o Termômetro da Política
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João garante foto da chapa majoritária com Lula; apoio do PT é outra história
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Nabor Wanderley, Lula, João Azevêdo e Lucas Ribeiro
Nabor Wanderley, Lula, João Azevêdo e Lucas Ribeiro (Foto: Reprodução/Instagram)

O governador João Azevêdo (PSB) garantiu nesta terça-feira (23) um presente de Natal para aquecer os ânimos de seus apoiadores: a foto junto ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com todos os membros da chapa majoritária de situação que concorrerão nas eleições do próximo ano. Aparecem Nabor Wanderley (Republicanos), prefeito de Patos e pai do presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), além do próprio João Azevêdo e seu atual vice, Lucas Ribeiro (PP), que encabeçará a empreitada como candidato a governador da Paraíba.

Nabor e João concorrerão por duas vagas ao Senado, e têm do outro lado um concorrente que também é querido por Lula, o senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB). O presidente Lula já disse diversas vezes que seu preferido para o Senado é Veneziano e, depois, João. Num cenário ideal para Lula, estariam os dois do mesmo lado. Não é o caso, pois Veneziano seguirá com o prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena (MDB), ex-aliado de João e hoje opositor.

Apesar das diferenças, as duas chapas, de Lucas (com João) e de Cícero (com Veneziano), têm um alvo em comum: o apoio do Partido dos Trabalhadores. Todos querem o PT por motivos eleitorais que podem ser determinantes para vitória ou derrota na eleição. Além do tamanho do partido, do tempo de guia eleitoral no rádio e na TV, da militância mobilizada, o peso do presidente Lula como cabo eleitoral é o maior diferencial. Há bem pouco tempo Lula beirava os 70% de intenção de voto na Paraíba.

O apoio do PT não depende somente da bênção de Lula. A legenda tem uma estrutura organizacional diferente de todas as outras no país. Como nada está definido pelo partido, tampouco pelo presidente Lula, o PT na Paraíba poderá fechar com Cícero, com Lucas, ou definir que o melhor caminho é uma candidatura própria. Da mesma forma Lula pode apoiar um dos dois, um candidato do partido, ou passar a eleição sem pisar na Paraíba, como fez em outras oportunidades quando havia mais de um aliado no estado.

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