O que pensa o Termômetro da Política
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Bruno e Romero preparam a volta ao PSDB
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(Foto: Reprodução/Instagram/brunocunhalima)

O prefeito de Campina Grande, Bruno Cunha Lima, e o ex-prefeito Romero Rodrigues dão sinais que as malas estão prontas para voltarem oficialmente ao PSDB de Pedro Cunha Lima. Os movimentos políticos visando 2022, com atrelamento total ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido), podem ser a desculpa para inviabilizar a permanência no PSD.

Na verdade, Bruno e Romero, antes de qualquer partido, são membros do grupo Cunha Lima. Dessa forma, todas as articulações são no sentido de obterem o melhor resultado para o grupo familiar que representam. A impossibilidade de alianças com partidos do leque do governador João Azevedo (Cidadania), mais a postura independente do PSD para buscar nacionalmente alianças no campo democrático tornam inevitável a saída de ambos do partido. Seria a maneira de contemplarem seus interesses locais.

Além disso, Bruno e Romero resolveram embarcar no bolsonarismo sem qualquer critério. Fazem coro para muitas das sandices do presidente e, como fiéis seguidores, até hidroxicloroquina virou medicamento nos protocolos oficiais da Prefeitura de Campina Grande para tratamento da covid-19.

Os movimentos parecem claros. O deputado Pedro Cunha Lima já faz articulações para engrossar o caldo do PSDB em 2022 e convidou o radialista e ex-candidato a prefeito de João Pessoa, Nilvan Ferreira (MDB), que tem se destacado em defender tudo que o presidente Bolsonaro propaga e, assim, mostra que a aposta será no negacionismo e no espaço da extrema-direita.

Vale lembrar que Pedro emplacou o cunhado em um dos principais cargos na região Nordeste, a Superintendência da Sudene. Por mais que tente passar a imagem de equilíbrio em relação à preservação das instituições e do Estado Democrático de Direito, a conveniência política fala mais alto e Bolsonaro vira fator de aglutinação.

A unificação dos membros do grupo Cunha Lima em legendas que lhes garantam ocupar o espaço destinado à extrema-direita em breve deverá ser fato. A saída de Bruno e Romero do PSD usará Lula como justificativa, mas a verdade que a questão é meramente paroquial. É só esperar.

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