Jornalista, fotógrafo e consultor. Mestre em Computação, Comunicação e Artes pela UFPB. Escreve desde poemas a ensaios sobre política. É editor no Termômetro da Política e autor do livro infantil "O burrinho e a troca dos brinquedos". Twitter: @gesteira.
Jornalista, fotógrafo e consultor. Mestre em Computação, Comunicação e Artes pela UFPB. Escreve desde poemas a ensaios sobre política. É editor no Termômetro da Política e autor do livro infantil "O burrinho e a troca dos brinquedos". Twitter: @gesteira.
Carta de desistentes petistas é falsa desculpa de quem coloca interesses de Ricardo acima do projeto de eleger Lula
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(Foto: Reprodução)

“Ocorre que, diante da importância das coligações e da necessária união de propósitos, em face de um pleito eleitoral difícil, seguramente o mais complexo quadro eleitoral desde a redemocratização do país, consideramos que a unidade política e todas as nossas energias militantes, devem focar no enorme desafio de conduzir o país de volta à normalidade democrática, pela recondução do companheiro Lula à Presidência do Brasil.”

O texto acima foi retirado da carta divulgada na manhã desta sexta-feira (22) por três dos quatro petistas indicados pela Executiva Estadual do Partido dos Trabalhadores para o cargo de vice na chapa encabeçada pelo senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB) para o Governo da Paraíba nas eleições deste ano.

A carta é assinada por Márcia Lucena, Maria Luiza Alencar Feitosa e Lenildo Morais. Dos quatro confirmados anteriormente pelo PT da Paraíba, somente Antônio Barbosa fincou o pé e disse que por enquanto não abre mão da indicação.

No trecho da carta trazido aqui, os três alegam focar no desafio de eleger Lula (PT). Muito bonito no papel, mas não passa de conversa fiada. A verdade é que o grupo liderado por Ricardo Coutinho em momento algum teve como prioridade a eleição de Lula contra Bolsonaro (PL). Eles até querem eleger Lula, mas o principal foco das ditas “energias militantes” é eleger Ricardo senador em primeiro lugar e, se der, ajudar na vitória de Lula.

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Ainda bem que Lula não precisa de Ricardo para vencer esta eleição. O pleito contra Bolsonaro será duro, é fato, mas não serão os votos de Ricardo que farão a diferença para Lula no peso do contexto nacional. Lula estaria era lascado caso dependesse da abnegação de Ricardo e seu grupo.

A prova de que eleger Lula está abaixo do projeto pessoal dos ricardistas é esta briga sem fim com o também lulista João Azevêdo, agora inimigo de Ricardo e que busca a reeleição para o Governo do Estado. Se eleger Lula fosse prioridade, estariam todos juntos em prol do projeto maior, deixando o beicinho do momento para depois.

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