Jornalista, fotógrafo e consultor. Mestre em Computação, Comunicação e Artes pela UFPB. Escreve desde poemas a ensaios sobre política. É editor no Termômetro da Política e autor do livro infantil "O burrinho e a troca dos brinquedos". Twitter: @gesteira.
Jornalista, fotógrafo e consultor. Mestre em Computação, Comunicação e Artes pela UFPB. Escreve desde poemas a ensaios sobre política. É editor no Termômetro da Política e autor do livro infantil "O burrinho e a troca dos brinquedos". Twitter: @gesteira.
Decreto de Bruno Cunha Lima coloca João Azevêdo em xeque
Compartilhe:
Foto: Divulgação/PMCG

O prefeito de Campina Grande, Bruno Cunha Lima (PSD), voltou a desafiar o governador João Azevêdo (Cidadania) no mais recente decreto que estabelece medidas restritivas para conter a disseminação da covid-19. Se no último confronto João recorreu na Justiça e ganhou, desta vez o chefe do Poder Executivo estadual ficou em uma situação complicada.

O primeiro embate entre os dois sobre decretos e restrições na pandemia aconteceu no mês passado, logo após o Decreto 41.086, editado pelo governador João Azevêdo, que determinava a suspensão de cultos religiosos presenciais. João mandou todo mundo rezar em casa, mas os prefeitos de Campina Grande, Cabedelo e Bayeux disseram que não e determinaram a reabertura das igrejas para cultos presenciais. A disputa foi parar na Justiça, que deu ganho de causa ao governador.

A nova polêmica começou com o mais recente decreto editado pelo governador. O Decreto 41.142 determina que “no período compreendido entre 5 de abril de 2021 a 18 de abril de 2021 as escolas e instituições privadas dos ensinos superior, médio, fundamental e ensino infantil funcionarão exclusivamente através do sistema remoto”.

Bruno Cunha Lima discordou da medida e mandou abrir as escolas da rede privada para os anos iniciais em modo híbrido. O prefeito de Campina Grande também questionou o decreto do governador João Azevêdo nas redes sociais.

Se João decidisse seguir o roteiro do filme anterior, recorreria à Justiça e, muito provavelmente, conseguiria nova vitória. O problema é que a decisão do prefeito de Campina Grande foi a mesma do prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena (PP), aliado do governador. Com a disputa indo parar novamente nos tribunais, a cobrança teria que ser a mesma para todos. O Governo do Estado não tomou nenhuma atitude a respeito. Em uma só tacada Bruno reagiu e acuou.

Compartilhe: