Jornalista, fotógrafo e consultor. Mestre em Computação, Comunicação e Artes pela UFPB. Escreve desde poemas a ensaios sobre política. É editor no Termômetro da Política e autor do livro infantil "O burrinho e a troca dos brinquedos". Twitter: @gesteira.
Jornalista, fotógrafo e consultor. Mestre em Computação, Comunicação e Artes pela UFPB. Escreve desde poemas a ensaios sobre política. É editor no Termômetro da Política e autor do livro infantil "O burrinho e a troca dos brinquedos". Twitter: @gesteira.
Deputado mineiro quer proibir atendimento médico a bebês reborn pelo SUS
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Deputado estadual Cristiano Caporezzo (Foto: Guilherme Dardanhan/ALMG)

O deputado estadual mineiro Cristiano Caporezzo (PL-MG) quis surfar na onda de bebês reborn. Para isso, apresentou na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) um projeto de lei (PL 3.757/2025) que veda o atendimento a esse tipo de bonecos em unidades públicas de saúde do estado. A proposta estabelece multa de até dez vezes o valor do serviço irregularmente prestado, com os valores arrecadados sendo direcionados ao tratamento de pacientes com transtornos mentais.

O parlamentar fundamentou a iniciativa citando um caso em que uma mulher tentou obter atendimento médico para um bebê reborn, alegando que o boneco estaria com febre. Caporezzo classificou situações do gênero como parte de uma “distopia generalizada” que comprometem o sistema de saúde.

O deputado mineiro na verdade mirou na distopia e acertou a burrice, própria, no caso. O Sistema Único de Saúde (SUS) existe para prestar atendimento aos brasileiros. O SUS não atende bonecos, brinquedos nem nada do gênero. Se Caporezzo quis causar, na verdade só conseguiu atrair atenção e onerar os cofres públicos com a sua ineficiência ao criar um projeto de lei para proibir algo que nunca foi permitido.

Em um vídeo publicado na rede social digital Instagram, ele faz cena com uma suposta ‘mãe’ de bebê reborn e pede que um assessor leve a mulher para o hospício.

Caporezzo errou ao propor uma lei contra algo que não existe e ainda foi violento contra as mulheres que brincam com bebês reborn. Se elas acham que são ‘mães’ dos brinquedos, não cabe ao parlamentar chamá-las de doidas.

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