Jornalista, fotógrafo e consultor. Mestre em Computação, Comunicação e Artes pela UFPB. Escreve desde poemas a ensaios sobre política. É editor no Termômetro da Política e autor do livro infantil "O burrinho e a troca dos brinquedos". Twitter: @gesteira.
Jornalista, fotógrafo e consultor. Mestre em Computação, Comunicação e Artes pela UFPB. Escreve desde poemas a ensaios sobre política. É editor no Termômetro da Política e autor do livro infantil "O burrinho e a troca dos brinquedos". Twitter: @gesteira.
Efraim Filho esperou foi muito
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Efraim Filho e a política municipalista: força vem dos prefeitos com seus currais eleitorais (Foto: Reprodução/Instagram)

O deputado federal e pré-candidato ao Senado, Efraim Filho (União), esperou até demais pela definição do governador João Azevêdo (PSB). As cartas estavam postas na mesa há meses, e João já mostrou que quando não se mexe, nem sempre é por inabilidade política, como fez na certeira troca do Cidadania pelo PSB. Mas no caso de Efraim, João esperou que o aliado cansasse.

O simplório mote “foguete não dá ré” casa bem com Efraim. Não porque ele tenha a força de um foguete, o que é na verdade é questionável, visto que o percentual dos que explodem antes de chegar ao céu é alto. A questão de não voltar atrás se dá porque os ‘votos’ por meio dos prefeitos já haviam sido entregues.

Efraim nunca teve dúvida de que esta é sua hora de tentar uma vaga no Senado. Na próxima eleição terá outros concorrentes com o mesmo perfil jovem que estarão habilitados pelo corte de idade mínima. Desde que anunciou sua pré-candidatura, rifou todos os seus municípios onde tem votos, cedendo a outros candidatos a deputado federal em troca de apoio ao Senado. Com esses municípios, Efraim apostava ter mais força para engordar a chapa de João.

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O concorrente sempre foi Aguinaldo Ribeiro (PP), que não entregou seus municípios e pode até refugar na última hora, mantendo a candidatura a deputado federal. Pode, mas a esta altura deve mesmo sair ao Senado. João fez a escolha pelos currais maiores, de João Pessoa e Campina Grande, onde Aguinaldo tem mais influência e votos. Apesar do quantitativo nas duas cidades encher os olhos, o controle sobre os votos é menor do que na política municipalista feita também pelos Ribeiro, mas dominada com mais eficiência por Efraim.

Efraim vai para o tudo ou nada numa eleição arriscada, mas com chance de sair eleito, visto que o candidato líder nas pesquisas, Ricardo Coutinho (PT), a preço de hoje está inelegível pela Justiça Eleitoral. Caso tudo corra como previsto e a justiça se mantenha, Efraim disputa praticamente apenas contra Aguinaldo. E Pedro, que se opõe a João, no fim das contas ganhou uma tuia de votos do Sertão.

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