Fernando Guedes Jr é turismólogo e historiador; mestre em História pela UFRN. Trabalha com magistério nas redes pública e privada da cidade de João Pessoa. Instagram: @afernandojunior
Fernando Guedes Jr é turismólogo e historiador; mestre em História pela UFRN. Trabalha com magistério nas redes pública e privada da cidade de João Pessoa. Instagram: @afernandojunior
Mais do mesmo
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Passados os primeiros dias de 2022, a sensação é de mais do mesmo. Não que devamos perder as esperanças de dias melhores, mas parece que os piores panoramas voltam às manchetes: novas variantes, aumento nos casos de covid-19, aumento dos combustíveis, tragédias “naturais”, risco de lockdown, dólar estável (nas alturas)… Ou seja, mais do mesmo.

Não só nestas perspectivas, mas em outros âmbitos continuamos a debater as mesmas coisas, ou será que você não ouviu ou participou de algum debate sobre vacina nesses primeiros dias de 2022? Parece estarmos estagnados e, justamente por isso, não conseguimos ir adiante. Enquanto não superarmos debates simples, triviais, não chegarmos a um consenso razoável sobre alguns temas, continuaremos presos nestas circunstâncias. Parece que 2020 e 2021 ainda não foram suficientes para uma boa parte da sociedade que continua presa às suas convicções e paixões políticas/ideológicas, presas a uma concepção semelhante ao aclamado pela crítica, “Não olhe para cima”.

Olhe para cima! Olhe para os lados! E, também, olhe para baixo! Há muita coisa acontecendo para que fiquemos presos, como se usássemos antolhos ou até mesmo um caparão, se negando a ver a realidade diante dos nossos olhos. Olhe para o lado e veja o que ocorre com a sociedade em que você está inserido, olhe para baixo e veja aqueles que passam dificuldades diante da tamanha crise que vivemos, olhe para cima e perceba quão pequenas são nossas convicções e paixões diante do que se passa sobre nossas cabeças.

Não basta enxergar, é mesmo preciso ver. Veja o que é mais do mesmo e provoque a mudança que podemos fazer. Como diria Francisco de Assis: “dai-me força para mudar o que pode ser mudado, resignação para aceitar o que não pode ser mudado e sabedoria para distinguir uma coisa da outra”.

Observe que até aqui não falei sobre o mais do mesmo na corrida dos presidenciáveis 2022, o cenário político estará cheio de velhos debates, um museu de novidades, mas isto ficará para um outro texto…

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