Jornalista, fotógrafo e consultor. Mestre em Computação, Comunicação e Artes pela UFPB. Escreve desde poemas a ensaios sobre política. É editor no Termômetro da Política e autor do livro infantil "O burrinho e a troca dos brinquedos". Twitter: @gesteira.
Jornalista, fotógrafo e consultor. Mestre em Computação, Comunicação e Artes pela UFPB. Escreve desde poemas a ensaios sobre política. É editor no Termômetro da Política e autor do livro infantil "O burrinho e a troca dos brinquedos". Twitter: @gesteira.
Nem vidas, nem economia: Bolsonaro afundou o Brasil
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(Foto: Marcos Correa/PR)

O presidente Jair Bolsonaro voltou a se posicionar contra o fechamento do comércio como medida de contenção para evitar a disseminação do novo coronavírus. A prática foi adotada por prefeitos e governadores para evitar o colapso no sistema público de saúde, visto que o distanciamento social é, comprovadamente, a forma mais eficaz de reduzir o contágio pelo vírus.

Desde o início da pandemia de covid-19, Jair Bolsonaro tem feito pouco caso da crise sanitária causada pela doença. “Gripezinha”, disse o presidente em pronunciamento oficial. Como se não bastasse incitar a população a adotar medidas contrárias a todas as recomendações das principais autoridades sanitárias, como a Organização Mundial da Saúde (OMS), Bolsonaro, sempre que pode, aproveita a pandemia para politizar e polarizar. É sempre mais do ‘ou estão comigo, ou estão contra mim’. Foi assim com a indicação de tratamento precoce sem comprovação científica, tem sido assim com a vacina.

Lá atrás, quando prefeitos e governadores decidiram fechar os comércios de suas cidades e estados, seguindo o protocolo que alcançou resultados satisfatórios em países por onde a pandemia havia chegado antes, Bolsonaro mobilizou seus seguidores para dizer que prefeitos e governadores arriscariam a economia do país na tentativa de salvar vidas. Hoje, durante a cerimônia de comemoração dos 160 anos de fundação da Caixa, ele voltou a dizer que “vida e economia andam de braços dados”, e reafirmou seu posicionamento contra o fechamento do comércio, independente de qual seja a situação da cidade ou do estado no enfrentamento à pandemia.

Além de um completo desqualificado para o cargo que ocupa, Jair Bolsonaro é mentiroso. Disse no início da pandemia que não tomaria nenhuma medida drástica para salvar a economia do Brasil. Pôs os brasileiros em risco. Hoje, nem vidas, nem economia. O presidente afundou o país numa crise que poderia ter sido enfrentada de forma mais eficiente. O Brasil acumula mais de 204 mil mortos em decorrência da covid-19, quase 8,2 milhões de infectados e mais de 14 milhões de desempregados.

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