Jornalista, fotógrafo e consultor. Mestre em Computação, Comunicação e Artes pela UFPB. Escreve desde poemas a ensaios sobre política. É editor no Termômetro da Política e autor do livro infantil "O burrinho e a troca dos brinquedos". Twitter: @gesteira.
Jornalista, fotógrafo e consultor. Mestre em Computação, Comunicação e Artes pela UFPB. Escreve desde poemas a ensaios sobre política. É editor no Termômetro da Política e autor do livro infantil "O burrinho e a troca dos brinquedos". Twitter: @gesteira.
O bom gestor cresce diante das adversidades
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Dinho tem mostrado força na presidência da CMJP ao manter as sessões em modo remoto (Foto: Divulgação/CMJP)

Diz o ditado popular que “mar calmo nunca fez bom marinheiro”. E tem sido exatamente assim, sob mar revolto, que o presidente da Câmara Municipal de João Pessoa, vereador Dinho (Avante), vem conduzindo sua gestão à frente da Casa de Napoleão Laureano.

Dinho mal chegou à cadeira da Presidência e teve que lidar com duas crises: a polêmica licitação dos iPhones e o embate junto aos vereadores negacionistas para manter a realização das sessões da Câmara por meio de videoconferência. Nos dois casos Dinho se mostrou um gestor sensato.

Considerando que a licitação – devidamente suspensa – seguia um modelo anterior à sua gestão, pode-se dizer que o maior problema enfrentado pelo presidente até então tem sido resguardar trabalhadores e público em geral que visita a Câmara da exposição ao novo coronavírus.

Defender a ciência no Brasil de 2021 não é tarefa das mais fáceis. Há pressão contra o presidente da Câmara, há parlamentares que defendem o retorno de parte dos trabalhos em modo presencial, como acontecia no início desta Legislatura.

Vale ressaltar que não estamos tratando de um trabalho que só possa ser realizado em modo presencial. Não há qualquer prejuízo à qualidade da produção legislativa no modo remoto.

Quando se comprovou que o formato híbrido para as sessões da Câmara Municipal foi uma péssima ideia, resultando até em casos de servidores contaminados pela covid-19, Dinho cresceu diante da crise ao determinar que as sessões fossem realizadas por meio de videoconferência.

Neste momento em que os números da pandemia começam a regredir em João Pessoa, pode parecer viável o retorno ao modo híbrido, mas seria na verdade um contrassenso sem tamanho, visto que nem todos servidores da Casa estão vacinados, assim como os parlamentares também precisam ser imunizados contra a doença.

O maior exemplo do perigo da covid-19 no Legislativo Municipal é de um servidor que adoeceu no período em que a Casa funcionava em modo presencial, no início de março, e até hoje segue entubado, na luta entre a vida e a morte.

Resistir à pressão em defesa da ciência, das medidas de segurança e da proteção à saúde dos servidores são marcas que deverão ser lembradas, e nesse caminho Dinho tem dado bom exemplo de liderança.

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