Fernando Guedes Jr é turismólogo e historiador; mestre em História pela UFRN. Trabalha com magistério nas redes pública e privada da cidade de João Pessoa. Instagram: @afernandojunior
Fernando Guedes Jr é turismólogo e historiador; mestre em História pela UFRN. Trabalha com magistério nas redes pública e privada da cidade de João Pessoa. Instagram: @afernandojunior
O caminho do meio
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Novos dados têm surgido nos últimos dias com a CPI da COVID e isto tem trazido perigo ao atual governo federal em torno de um possível crime de prevaricação. O atual governo se elegeu com o pretenso discurso de acabar a corrupção e outros desvios políticos de nossa cultura, mas tudo isso tem sido colocado em xeque.

Do outro lado, Lula tem voltado à cena, com todos seus processos voltados à estaca zero, cogita-se sua candidatura para 2022. Algumas pesquisas já apontam seu favoritismo em uma hipotética disputa contra Bolsonaro. Um cenário como esse seria cansativo para todo o país no ano que vem. A polarização nos levaria a extremos e a debates onde não haveriam propostas de governo, mas sim trocas de acusações pessoais onde voltaríamos a desgastar relações de amizade, familiares e até profissionais.

Um impeachment hoje seria saudável para o país? Analisemos da seguinte maneira: se queremos acabar com a polarização política e buscarmos o caminho do meio, talvez seja uma ótima saída. Se Bolsonaro for incriminado, passaria a ser ficha-suja e portanto inelegível em 2022. Daí você pensa: “Lula então venceria facilmente!” Será? Talvez aqui sim caberia a terceira via. Quero dizer que se Lula e Bolsonaro forem pro páreo, provavelmente uma terceira via não tenha força, mas caso um deles não seja candidato, podemos anular o outro no voto.

Aparentemente, para o caminho do meio só há uma chance de evitar a polarização no segundo turno: derrubar Bolsonaro em um processo que mostre sua responsabilidade nas mortes e nas irregularidades administrativas. Se os partidários de um candidato de terceira via não abraçarem logo o impeachment, acabarão sendo coadjuvantes nas eleições de 2022.

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