Fãs da série de crime real Mindhunter, da Netflix, estão em suspense desde 2020, quando o criador da produção, David Fincher, deu uma entrevista pessimista sobre uma possível terceira temporada. Mas, de acordo com o astro Holt McCallany, a série baseada nas origens reais do programa de perfis criminais do FBI pode eventualmente retomar a produção — só que, desta vez, como uma série de filmes, e não como um programa de TV.
Na série, McCallany interpretou o agente especial do FBI Bill Tench, personagem vagamente inspirado no falecido agente, perfilador e autor Robert K. Ressler. Ele dividiu cena com o astro da Broadway Jonathan Groff, no papel de Holden Ford (uma contraparte fictícia do colega de Ressler, John E. Douglas), e com Anna Torv, cuja Dra. Wendy Carr foi baseada na pesquisadora Ann Burgess.
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Nos anos desde que a série foi pausada, os três já declararam que são frequentemente questionados sobre uma possível terceira temporada de Mindhunter — mas, até agora, nenhuma novidade surgiu. Porém, em uma entrevista ao CBR, McCallany revelou: “Tive uma reunião com David Fincher em seu escritório há alguns meses”, durante a qual soube que “há uma chance de [‘Mindhunter‘] voltar como três filmes de duas horas cada”.
“Acho que é apenas uma possibilidade”, advertiu McCallany — que também trabalhou com Fincher em “Clube da Luta” (1999) —, lembrando o perfeccionismo notório do diretor. “Sei que há roteiristas trabalhando, mas, sabe, David tem que ficar satisfeito com os scripts.”
Há também a questão do tempo de dedicação exigido pela série, que Fincher já descreveu como imenso. “São 90 horas de trabalho por semana. Isso consome tudo na sua vida”, disse ele em 2020. “Quando terminei, estava exausto e pensei: ‘Não sei se tenho energia agora para desenvolver a terceira temporada.'”
Segundo McCallany, “o sol, a lua e as estrelas precisariam se alinhar” para que a equipe de perfis criminais — que vimos pela última vez na prisão com Charles Manson, Ed Kemper e David Berkowitz (também conhecido como “Filho do Sam”), além de investigando os assassinatos de crianças em Atlanta — se reunisse novamente. Os contratos do elenco expiraram há cinco anos, e Fincher (falando em Manson!) supostamente está escalado para dirigir a sequência de “Era Uma Vez em… Hollywood”, de Quentin Tarantino.
Mas McCallany, persistente, ainda mantém esperanças. Os filmes — assim como a série — seriam produzidos para a Netflix, diz ele, plataforma que em 2020 sugeriu que o programa poderia voltar “daqui a cinco anos”.
“Então, acho que, em termos de datas e logística, tudo pode ser resolvido”, afirma McCallany. “Mas depende, sabe, de David realmente ter tempo, disposição e estar satisfeito com o material. E, sabe, isso é uma grande incógnita.”
Reportagem da Vanity Fair.
