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“Onde Está Amy Bradley?”: Nova série documental da Netflix explora mistério de desaparecimento em cruzeiro
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Estreia nesta quarta-feira (16), na Netflix, a série documental Onde Está Amy Bradley? (Amy Bradley Is Missing), uma produção em três episódios que mergulha em um dos casos mais intrigantes e não resolvidos da história recente: o desaparecimento de Amy Lynn Bradley, uma jovem americana de 23 anos, durante um cruzeiro no Caribe em 1998. Dirigida por Ari Mark e Phil Lott, a minissérie promete reacender o interesse público por esse mistério, trazendo entrevistas exclusivas, objetos pessoais preservados pela família e uma análise detalhada das teorias que cercam o caso.

Série documental reconstrói os eventos daquela fatídica viagem, explorando a angústia da família Bradley
Série documental reconstrói os eventos daquela fatídica viagem, explorando a angústia da família Bradley (Imagem: Divulgação/Netflix)

Amy Bradley desapareceu na madrugada de 24 de março de 1998, a bordo do navio Rhapsody of the Seas, da Royal Caribbean, enquanto navegava entre Aruba e Curaçao. A jovem, recém-graduada em educação física e jogadora de basquete universitário, estava em férias com seus pais, Ron e Iva Bradley, e seu irmão, Brad. Após uma noite na boate do navio, Amy foi vista pela última vez por volta das 5h30 da manhã, na varanda da cabine da família. Apesar de buscas minuciosas a bordo, ela não foi encontrada, e o navio atracou em Curaçao horas depois, permitindo que 2.400 passageiros desembarcassem, o que abriu a possibilidade de Amy ter se perdido na multidão ou sido levada.

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A série documental reconstrói os eventos daquela fatídica viagem, explorando a angústia da família Bradley, que até hoje acredita que Amy está viva. Entrevistas com Ron, Iva e Brad revelam o impacto emocional do caso, com destaque para detalhes comoventes, como a mochila de Amy e seu carro Miata vermelho, ainda preservados pela família na esperança de seu retorno. A produção também inclui depoimentos de investigadores do FBI, que mantém o caso ativo, e testemunhas que estavam a bordo, incluindo um passageiro que afirma ter sido entrevistado para a série.

Entre as teorias abordadas, estão a possibilidade de Amy ter caído no mar, embora nenhum corpo tenha sido encontrado, e a hipótese mais discutida: um possível sequestro. Avistamentos não confirmados da jovem foram relatados ao longo dos anos em locais como Curaçao, Barbados e até em um bordel no Caribe, alimentando especulações de que ela pode ter sido vítima de tráfico humano. Iva Bradley, em uma entrevista de 2005 à NBC News, expressou sua frustração com a decisão da tripulação de permitir o desembarque em Curaçao, apesar de seus apelos para manter todos a bordo. “Nós dissemos que Amy teria deixado um bilhete se saísse por mais de 15 minutos”, relatou Iva.

Com uma abordagem que combina suspense e sensibilidade, Onde Está Amy Bradley? busca não apenas recontar os fatos, mas também lançar luz sobre as falhas na investigação inicial e o impacto duradouro do caso na família. A série, que já está gerando buzz nas redes sociais, com posts no X destacando sua estreia e entrevistas exclusivas, como a de um amigo próximo de Amy ao jornalista James Renner, promete atrair tanto fãs de true crime quanto aqueles sensibilizados pela tragédia humana do caso.

A produção chega em um momento em que a Netflix aposta forte em documentários de crime real, como Apocalipse nos Trópicos e Desastre Total: Garoto do Balão, também lançados neste mês. Com uma narrativa envolvente e acesso inédito a perspectivas de dentro e fora do cruzeiro, Onde Está Amy Bradley? se posiciona como um dos destaques de julho de 2025, convidando o público a refletir sobre um mistério que, 27 anos depois, ainda carece de respostas.

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